sábado, 30 de maio de 2009

Os chafarizes (parte 1)

Hoje, no Cadafaz existem 10 chafarizes e 2 bebedouros. Mas nos anos 40, só havia 1 chafariz que servia toda a aldeia, que nessa altura era numerosa. Esse chafariz estava localizado no Adro. A minha mãe conta-me, que os cadafazenses encontravam-se e faziam fila, ao final do dia para encherem os cântaros de barro.

Cântaros de barro e de plástico:

Fiquem com a 1ª parte das fotos sobre os chafarizes:

Chafariz do Parque da U.R.C.

Chafariz do Largo de Santo António

Chafariz dos Pátios

Chafariz da Porta Clara

Chafariz do Adro

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Cadafaz - "A nossa Sede está ainda mais bonita"

Carta aberta a todos os Cadafazenses

Caras Amigos: Um pedido
Depois das obras que foram realizadas na nossa aldeia nos últimos anos, tudo parece agora mais fácil para este bom povo da serra, que sempre tem sofrido na pele as marcas do tempo, causadas pelo trabalho pesado, e pelo isolamento destas terras, pois a distância que os separa dos grandes Centros por si só, já é um grande pesadelo, principalmente para os que amando, sentem o seu torrão natal.
Finalmente, com a ajuda da Câmara Municipal de Góis, da Junta de Freguesia do Cadafaz, do Conselho Directivo dos Compartes da Freguesia, a contribuição do povo residente, e de alguns amigos da Beira Serra, foi possível nos últimos tempos, dotar o Cadafaz com sanitários públicos, casa mortuária, coreto, um adro da igreja condigno; para além de transformar a nossa escola primária desactivada, num espaço social destinado a apoio à 3.ª idade, parece surgir agora uma nova esperança para este bom povo serrano, que muito se tem fartado de esperar!...
A actual direcção da União Recreativa de Cadafaz (U.R.C.) tem feito vários contactos, e está ainda da empenhada, em colocar esta obra criada na Aldeia, ao serviço da população residente o mais rápido possível, na tentativa de, por um lado dar melhores condições aos idosos, por outro lado criar também alguns postos de trabalho com o fim de combater um pouco a desertificação, procedeu também recentemente, à substituição da telha e pintura da sua sede, trabalhos que já se encontram concluídos.
Ao longo do nosso mandate à frente dos destinos da U.R.C. "embora com alguma dificuldade" foi possível, como atrás foi dito, realizar algumas obras de carácter urgente, com a comparticipação dos compartes, da Câmara Municipal de Góis, da Junta de Freguesia de Cadafaz e de alguns amigos: também, saldar todas as obras de adaptação do espaço social criado, apetrechando-o com o equipamento adequado; Resta-nos agora, e de acordo com as contas anexas, dar continuidade a um peditório público que está em marcha, (Campanha 1 da Telha), e que para o qual já alguns Cadafazenses contribuíram.
A Direcção da U.R.C. considera que finalmente, estão criadas as condições necessárias para virar mais uma página da história da povoação do Cada faz e da própria União Recreativa tendo em conta o esforço que foi feito por toda a direcção, nomeadamente pelo primeiro secretário da direcção e do tesoureiro respectivamente, para se conseguir o pouco que já se tem, mas como é lógico, vai continuar a contar com as ajudas das forças vivas da Freguesia e das respectivas Autarquias e dos próprios compartes; pois como é sabido, sem haver algum dinheiro não será possível a nossa colectividade lançar mãos a obras desta' natureza, já que as cotas dos associados são a única receita própria com que pode contar, e que par falta de meios andam um pouco atrasadas, vai ser um próximo desafio.
Se porventura continuarmos merecermos a confiança dos nossos sócios, continuamos também disponíveis para lançar mãos a outros desafios, pois não nos podemos esquecer dos jovens que em 1974-1975 levaram por diante o arrojado projecto para o campo de jogos do Cadafaz e que infelizmente ainda não foi concluído. Para além disso, é nosso propósito sensibilizar as nossas Autarquias para que não seja esquecido o arranjo urgente do nosso lavadouro, o saneamento básico da aldeia do Cadafaz, o corte e alargamento das curvas entre Cadafaz e Cabreira, e colocação de raids de protecção, a colocação de bocas-de-incêndio e nomes em todas as ruas da povoação: a Criação de um museu a instalar no moinho antigo, da Colectividade.
Estas são pois algumas das nossas intenções para o futuro da colectividade e da nossa terra, mas só serão possíveis se todos estiverem de mãos dadas, igualmente atentos e preparados; para" a construção urgente do nosso próprio mundo. Como serrano que sou, "Filho e neto de pastor" sempre acreditei que é bom sonhar!... Mas é sonhando acordado que se deve preparar o nosso próprio desaparecimento.
A UNIÃO FAZ FORÇA!... Ajudem-nos a tornar o nosso sonho realidade.
Sempre a Bem do Cadafaz
A Direcção
in Jornal de Arganil, de 28/05/2009 e in http://goisvive.blogspot.com

quinta-feira, 28 de maio de 2009

As 3 nascentes de água

Num post anterior, falei das 3 nascentes de água que são a Fonte, o Moinho do Meio e os Portos, hoje vou falar sobre esses 3 locais.
A Fonte foi o 1º local, onde os antigos vinham buscar água, situa-se no fundo do lugar, na antiga estrada que ia para a Candosa.


A estrada agora está cheia de ervas, devido a poucas pessoas passarem por aqui, mas ainda me recordo de há poucos anos atrás estar limpa.


O Moinho do Meio fica um pouco mais acima, aqui a água não corre em bica, por isso os cadafazenses traziam os baldes para encherem os cântaros.



O local dos Portos fica numa ponta da aldeia, na estrada actual que vai para a Candosa, hoje em dia ainda é muito frequentado, onde vêm muitas pessoas da aldeia e não só, buscarem água.


Há uns anos atrás, os Portos, também era muito frequentado à noite, na época de verão, onde várias pessoas vinham para aqui conversar e beberem refresco de capilé, também fiz parte de alguns desses convívios. Neste local, também vinham lavar a roupa.


quarta-feira, 27 de maio de 2009

Olhares IX

Mais uns olhares:

Nevoeiro sobre o Rio Ceira, foto de Fernando Pires

Molho de lenha esquecido

Pôr-do-sol, foto de Arminda Silva

Vista da Volta do Carro e Covão

terça-feira, 26 de maio de 2009

Continuação da visita guiada - 2ª parte

Ao sair do Largo de Santo António entramos na Rua Dr. Oliveira Salazar:



mais à frente chegamos aos Pátios:

também Largo Manuel Martins dos Santos:

Virando à esquerda descemos a Rua Claúdio dos Santos:

e chegamos ao largo da Porta Clara:

Virando à esquerda vamos para o fundo do lugar, virando à direita vamos para o lado da Barroca.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Actuação do Rancho Folclórico

O Rancho Folclórico tem uma saída no dia 27 de Junho de 2009 para Lisboa, mais precisamente à Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações (Expo), no certame da Feira Internacional de Artesanato, que se irá realizar entre os dias 27 de Junho e 5 de Julho de 2009. A actuação será ao final da tarde.
Também estão a decorrer os ensaios, visto já terem actuações marcadas e está previsto a gravação de um CD para breve.
Espero que estes eventos tragam força e animo ao Rancho para seguir em frente e continuar a dar a conhecer a nossa freguesia.

Cancelamento do Convívio organizado pela junta de freguesia

No post que coloquei no dia 8 de Maio, referente ao Convívio organizado pela junta de freguesia, tenho a informação que já não se vai efectuar no dia 10 de Junho, mas noutra data a designar. O convívio era para a inauguração de um chafariz no Adro e para uma festa das colectividades.

domingo, 24 de maio de 2009

Fotografias de outros tempos (alteração de nomes)

Neste fim-de-semana deram-me a indicação das pessoas que estão nas fotos, não consegui saber quem são algumas delas, mas fica aqui os nomes dos que foram reconhecidos:

No grupo de homens, na primeira fila o 2º a partir da esquerda: Hipólito Neves, Albano Nunes, Manuel Filipe (por trás dos 2), Guilherme Vicente, Manuel Marques, Henrique Martins (2º homem sentado), Manuel (irmão da Ti Maria Sales), na 2ª fila do lado direito: Alcides Neves, Casimiro Gaspar, por trás meu tio Fernando Ferreira, Albertino Vicente (com chapéu), por trás José Simões Paula, António “Xabregas”, ao cima, e por baixo José Alves (o 2º do lado esquerdo).


Nas mulheres do lado direito da foto (a 2ª mulher) Elvira Brás, América Alves, Maria “da Barroca”, minha Tia Olívia Neves, Maria Nunes, Alice Filipe, Francelina Neves, Gracinda Nunes, Deolinda Vicente, (a frente) minha Tia Alzira Alves, Generosa Martins, Lúcia Simões, Arminda Martins, Ti Maria “do Albino”, Clementina Carneiro, Natália Gaspar, Ti Maria “do Valente”, Zulmira, Na fila de cima: 3ª e 4ª senhoras do lado esquerdo: Etelvina Braz, Maria de Lurdes Ferreira, a seguir Margarida Carneiro, Florinda Alves, em 1º plano agachadas: Ti Estefânia, Ti Celestina e a última do lado direito: Isilda Filipe.

NOTA: Se quiser ver as fotografias, com o texto inicial basta ir à etiqueta Recordar é viver.
Algumas senhoras não sei em que lugar estão na fotografia.

Freguesia do Cadafaz em festa

Na Casa Concelho de Góis por Adriano Pacheco

Tal como havia sido comunicado, a Freguesia do Cadafaz teve a sua participação nas comemorações do octogésimo aniversário do regionalismo goiense, na Casa do Concelho de Góis, no passado dia 18 de Março, dentro do estilo próprio que bem caracteriza o povo desta freguesia serrana. Tal como, as freguesias que a antecederam nesta efeméride, também a do Cadafaz se esmerou para encher de gente o salão da Casa concelhia; gente que é povo e que se anima com o mais alto fervor regionalista.
A mesa d’ honra era composta pelo Presidente do Conselho Regional Dr. Luís Martins, Presidente da Casa Sr. José Dias Santos, Presidente da Assembleia Municipal Sr. José António de Carvalho, Sr.a Vereadora Helena Moniz, Presidente da Junta de Freguesia do Cadafaz Casimiro Vicente, Presidente da União do Cadafaz Armindo Neves e Valentim Rosa em representação da ADIBER. Depois de ser aberta a sessão com as boas-vindas da parte do Conselho Regional, todos os restantes componentes da mesa deixaram as saudações e a alegria de estarem presentes.
Entre os representantes das colectividades que preencheram o segundo ponto do programa, destacaram-se pelo seu desempenho Armindo Neves, como moderador e apresentador das várias entidades com a eloquência que lhe é reconhecida, e o Sr. Engº Carlos Martins com a sua brilhante intervenção, em que entre outros aspectos, lamentou a inabilidade do poder local em não ter sabido aproveitar a dinâmica do regionalismo e aglutiná-la em favor do desenvolvimento rural, recuperando lagares e moinhos, roteiros e lugares de memória, com vista ao desenvolvimento do turismo rural a sério, onde deveria caber também um museu do volfrâmio e a gastronomia regional.
Destacou-se também Casimiro Vicente, Presidente da Junta de Freguesia do Cadafaz, na organização e coordenação de toda a parte logística que envolveu o lauto banquete que fez transportar lá da serra, deixando os participantes boquiabertos, e com água na boca, com a enorme variedade de petiscos e iguanas da região.
Além disso, fez-se também acompanhar do técnico silvicultor, Engº Carlos Machado, para apresentar um projecto integrado de gestão de recursos naturais que pretende implementar naquela região, envolvendo a agro-pastorícia e o turismo rural, centro de idosos e salão de multiusos, que está a ser estudado pela empresa Silvo Consultores, a qual se mostra empenhada em gerir os recursos em parceria com todos os interessados.
Tratando-se de uma nova visão sobre o aproveitamento de recursos e do desenvolvimento das potencialidades da região que pode vir a promover um desentorpecimento da economia local. Isso chamou a atenção dos interessados como algo de importante a ter em conta, por um lado e, por outro, como é de que o projecto seria posto em prática no terreno, já que poderia vir a ter implicações com os proprietários locais. Este assunto mereceu da parte da senhora Vereadora Helena Moniz várias questões que lhe foram esclarecidas no momento.
Assim se passou uma tarde totalmente preenchida de belo convívio, confraternização, muita alegria, música para todos os gostos e por fim a actuação do rancho folclórico da freguesia do Cadafaz, que a todos brindou com as suas danças.
in O Varzeense de 15 de Maio de 2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Broa

Receita:

- Farinha de milho
- Farinha de trigo (mistura)
- Fermento
- Sal
- Água morna

Peneira-se as farinhas e mistura-se todos os ingredientes numa gamela até fazer uma amassadura. Deixa-se fintar (levedar) durante 2 horas.
Enquanto isso aquece-se o forno a lenha, quando já estiver bem quente espalha-se as brasas à volta, deixando o forno livre no centro. Com um malgão tende-se a massa fazendo uma bola e coloca-se a broa no forno onde se deixa até estar cozida.

Peneira e gamela

Malgão
(Só falta a fotografia da broa)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um mês a "navegar"

Faz hoje 1 mês que o meu blog “navega” na Internet. Agradeço a todas as pessoas que o visitam regularmente e aos que deixaram seus comentários.
Nunca pensei que em tão pouco tempo chega-se às 527 visitas. O sucesso é tanto meu como vosso. Inicialmente a minha intenção era colocar 1 ou 2 “posts” por semana, mas verificando que aos poucos vocês faziam dele uma leitura diária, “obrigaram-me” a colocar todos os dias 1 “post”.
Pelas vossas visitas, vale a pena a dedicação que tenho tido e que continuarei a ter.
O meu obrigado.
Até ao próximo “post”.

Nome das ruas

Se lhe perguntassem onde fica a Rua D. Afonso Henriques, no Cadafaz, saberia responder? Eu sinceramente não saberia. No Cadafaz existem várias ruas com placas toponímicas, mas nunca fixei o nome delas. Por isso vou dar a conhecê-las.
Quase todas são oficiais, digo quase todas porque descobri que 2 delas não o são. Uma pertence a uma travessa e outra a umas escadinhas.
Vou então começar por essas duas placas:

Travessa dos Lucianos: Ao entrar e ao sair da travessa podemos encontrar as seguintes placas:



Nesta foto podem reparar que também tem número de polícia (os únicos que podemos encontrar no Cadafaz):

Escadinhas do Primo Camelo: estas escadinhas referem-se onde viveu o Ti Camelo.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Edifícios do café e da junta de freguesia

Hoje em dia existe um café, onde podemos "matar a sede". Situa-se no rés-do-chão do edifício da sede da União Recreativa do Cadafaz.

Edifício da sede da União Recreativa do Cadafaz

Para quem não sabe e queira lá ir, o café fica da parte de cima do Largo de Santo António, quem o explora é o Sr. Carlos Henriques.
No inverno, durante a semana, só abre perto do meio-dia até ao meio da tarde. No verão abre a meio da manhã e não tem hora de fechar.

Interior do café

Quadro oferecido, que está no café

Edifícios da sede da União Recreativa e Junta de Freguesia

O edifício da Junta de Freguesia, encontra-se ao lado, os serviços da junta são no 1º andar, estão abertos pelo menos aos domingos da parte de manhã. Desconheço se tem outro horário de abertura.
As instalações do rés-do-chão, serviam de posto médico, onde vinha um médico de 15 em 15 dias. Infelizmente encontra-se fechado. Quando um cadafazense precisa de ir ao médico, tem de se deslocar a Góis. A Junta de Freguesia disponibiliza um transporte aos cadafazenses todas as segundas-feiras para esse efeito.
Este edifício, também servia à cerca de há 50 anos atrás de conservatória, onde o Sr. José “Tereso” Martins, fazia os assentos de nascimentos, mortes, etc. e depois disso é que eram enviados para Góis.

Edificio da Junta de Freguesia

terça-feira, 19 de maio de 2009

APELO

Por não ter fotografias do Cadafaz de outros tempos e gostaria de dar a conhecê-lo, venho apelar a todos os cadafazenes, que tenham fotos antigas do Cadafaz e das suas gentes e que as queiram compartilhar neste blog.
As fotos podem ser enviadas para o seguinte e-mail: cadafazgois@gmail.com

Olhares VIII

Mais umas fotos:

"Portão" de uma casa

Janela antiga

Uma cesta e ancinho

Erva na parede de uma casa

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Fotografias de outros tempos

Coloco aqui 2 fotografias antigas, pertencentes à D. Arminda, não sei de que ano são. Ao que parece, estas fotos foram tiradas num almoço que se fez no Cadafaz.
A primeira é de um grupo de homens, a segunda é de um grupo de mulheres.
Não reconheço todas as pessoas. Algumas não cheguei a conhecer, outras são novas nas fotos e não consigo descobrir quem são. Vou mencionar as pessoas que conheço (algumas já faleceram).

Parte alterada em 24/05/09:
No grupo de homens na primeira fila o 2º a partir da esquerda: Hipólito Neves, Albano Nunes, Manuel Filipe (por trás dos 2), Guilherme Vicente, Manuel Marques, Henrique Martins (2º homem sentado), Manuel (irmão da Ti Maria Sales), na 2ª fila do lado direito: Alcides Neves, Casimiro Gaspar, por trás meu tio Fernando Ferreira, Albertino Vicente (com chapéu), por trás José Simões Paula, António “Xabregas”, ao cima, e por baixo José Alves (o 2º do lado esquerdo).

Foto de Arminda Silva

Nas mulheres do lado direito da foto (a 2ª mulher) Elvira Brás, América Alves, Maria “da Barroca”, minha Tia Olívia Neves, Maria Nunes, Alice Filipe, Francelina Neves, Gracinda Nunes, Deolinda Vicente, (a frente) minha Tia Alzira Alves, Generosa Martins, Lúcia Simões, Arminda Martins, Maria “do Albino”, Clementina Carneiro, Natália Gaspar, Maria “do Valente”, Zulmira, Na fila de cima: 3ª e 4ª senhoras do lado esquerdo: Etelvina Braz, Maria de Lurdes Ferreira, a seguir Margarida Carneiro, Florinda Alves, em 1º plano agachadas: Ti Estefânia, Ti Celestina e a última do lado direito: Isilda Filipe.

Foto de Arminda Silva

domingo, 17 de maio de 2009

Largo de Santo António


Logo a seguir aos parques, encontramos um terreno, onde, me foi fito que o cemitério era para ser neste local, isto no tempo em que os mortos deixaram de serem enterrados nas igrejas. No cemitério actual estão 2 cemitérios: o velho e o novo. Se não me engano, no ano de 1944 foi acrescentado a parte nova do actual cemitério.

Local onde era para ser o cemitério
Capela de Santo António data do ano de 1505.

Vista exterior da capela

Altar da capela

Tecto exterior da capela

Hoje em dia, este local é o ponto de encontro da juventude, ao qual eles baptizaram-no de "Santo", para não dizerem o nome completo.
Actualmente é um largo com muito espaço, mas antigamente era metade do que é agora.

Foto do largo há +/- 25 anos

Neste local, até ao ano 2000, fazia-se a festa anual no verão. É também aqui onde os cadafazenses esperam pelos comerciantes que vêm vender as suas mercadorias (brevemente noutro post).
Entrada do Largo de Santo António

sábado, 16 de maio de 2009

Doente

Devido a uma queda, ao sair do seu estabelecimento, encontra-se internado no hospital em Coimbra, o Sr. Carlos Henriques. Foi submetido a uma intervenção cirúrgica à coluna, estando a recuperar.
Votos de rápidas melhoras.

Folhas Soltas de Cadafaz por A. Silva

Um dos títulos publicado no jornal de Arganil de 23-4, que me despertou atenção e deferência foi o artigo do Exmº Sr. Adriano Pacheco sobre o Santuário da Senhora do Desterro, visto tratar-se de um local que conheço, diz respeito a esta freguesia e ao qual já me tenho referido.
Felizmente mais alguém o recorda e até transmite através da sua escrita a história e veneração de um local de grande culto e beleza natural.
Como se sabe a Capela de Nossa Senhora do Desterro, ou Capela de São Tiago como também é conhecida na voz do nosso povo, encontra-se implantada nos limites da paróquia de Cadafaz e Alvares ao cimo da povoação de Mestras, e cuja festividade se celebrava a 25 de Julho com grande concorrência das povoações vizinhas de Cadafaz, sendo também de salientar a grande adesão das gentes dos Amieiros e Cortes. Onde não faltava o leilão, banda filarmónica, foguetes e bailarico. Não era fácil a deslocação (das quais fiz parte) do Cadafaz, Corterredor, Mestras e Cabeçadas, carregando com o lanche e ainda por não haver água naquele local ia comer-se a casa do Sr. Manuel Antunes num edifício já próximo da estrada da Pampilhosa. Mas nada disto era obstáculo, reinava a boa disposição e fé. Também era essa celebração sempre efectuada pelo Pároco da paróquia de Cadafaz. Porém há cerca de algumas décadas deixou de se realizar porque o Sr. Pároco desta freguesia diz: -Não sabe e não conhece. O que é deveras estranho da sua parte e da não informação dada pelas Comissões de Culto ou Fábrica da Igreja, fazendo esta parte do património paroquial. Perante tal situação é de louvar o zelo e preocupação do mordomo Sr. Alcindo da povoação das Mestras que tem conseguido a preservação do edifício e pedir a celebração de missa no dia de S. Tiago. E, aqui todos nós Cadafazenses devemos um agradecimento muito especial ao Sr. Padre Ramiro, de Alvares, que, apesar dos seus múltiplos afazeres quer eclesiásticos quer comunitários (os seus artigos dão-nos conta disso), tem conseguido disponibilizar um pouco do seu precioso tempo para mais essa celebração da missa no Santuário da Senhora do Desterro e S. Tiago. Que Deus o ajude.
Mas, seja ela da paróquia de Cadafaz ou de Alvares o que interessa é que todos juntos não deixemos abandonar mais este precioso património, não só religioso como paisagístico e histórico. Seria ideal seguir o belo exemplo das restantes freguesias do Concelho onde o seu espólio religioso é digno de admiração e vista. Claro que para isso é necessária a especial atenção quer da parte eclesiástica quer das outras entidades do Concelho e Freguesia, o que não se tem vindo a verificar.
Entretanto, ficamos aguardando o Livro O RASTO DOS BARRÕES do Exmº Sr. Adriano Pacheco, onde decerto vamos aprender mais um pouco das nossas Aldeias e das nossas gentes.
PORQUE: - Nunca sabemos demais, a história é um livro sem fim, talvez por isso ainda a grande incógnita do chão que pisamos.
in Jornal de Arganil, de 14/05/2009 e in http://goisvive.blogspot.com

Do Cadafaz (Góis) com ambição

Realizou-se no Sábado, 18 de Abril de 2009, na Casa do Concelho de Góis, mais uma Festa das Freguesias do Concelho de Góis (enquadrada no 80.º Aniversário do Regionalismo Goiense), desta vez dedicado à Freguesia do Cadafaz.
Estas reuniões têm tido um cariz informativo sobre as potencialidades das diversas freguesias, o trabalho desenvolvido e a desenvolver, não faltando a animação a cargo dos grupos culturais das freguesias e a tradicional gastronomia, transformando-se nesta fase num encontro de amigos Goienses (de cá e de lá), que as vidas desencontraram.
Esta a grande missão da Casa do Concelho de Góis em Lisboa, promover o encontro, o debate e a interacção entre os Goienses de Góis e da Grande Lisboa, como uma grande família que mantém em comum o gosto pelo seu Concelho de origem. Uma missão, agora renovada, pelo grande mentor e impulsionador destas reuniões das freguesias, o Engº Henrique Antunes, dos Corpos Directivos da Casa do Concelho de Góis, que, tem colocado todo o seu saber e motivação na realização destes encontros, sendo o principal responsável pelo seu sucesso.
Embora tivesse imaginado previamente o que me esperaria, pelo conhecimento pessoal dos intervenientes e, expectante que iria encontrar por certo vários amigos e conhecidos de Góis e iríamos de certeza dialogar sobre o Concelho e sobre a Freguesia do Cadafaz em particular e quiçá tecer considerações sobre a evolução futura desta terra, fui surpreendido, no entanto, pelo Presidente da Junta de Freguesia do Cadafaz, Casimiro Alves Vicente, ao apresentar o seu Projecto Integrado da Gestão dos Recursos Naturais e Desenvolvimento da Freguesia do Cadafaz. É certo que já estou habituado a que nestes fóruns se fale nos recursos naturais, na apicultura, na caça e na pesca, no turismo rural e de lazer, na prevenção dos fogos e no envolvimento das populações de forma a fixar os locais com novos postos de trabalho e talvez outras pessoas atraídas pelas possibilidades de desenvolvimento ou mesmo pelas belezas naturais.
Não estava decerto preparado para sentir a super motivação e ambição do Sr. Presidente na concretização no terreno deste plano. A alma e a sensibilidade com que fala da sua terra. A vontade íntrínseca que demonstrou em trabalhar e fazer melhor. Acima de tudo isto o que mais me surpreendeu foram os planos imediatos de colocação deste plano estratégico no terreno, (alicerçados numa empresa consultora), com acções imediatas já planeadas e em vias de concretização e com os dossiers de pedido de fundos europeus em fase de finalização. São exemplos âncora deste Plano o Centro de Apoio ao Idoso e o Salão Multiusos no Cadafaz, a Estalagem do Castelejo e a Praia Fluvial na Cabreira e o Parque de Campismo, bem como a reconstrução dos Lagares de Azeite como pólos de circuitos de lazer e turismo e o projecto dos produtos endógenos como o medronho, o mel, as ervas aromáticas, etc.
Este homem, que senti ser o homem certo no lugar certo, precisa de tempo e a freguesia do Cadafaz precisa deste plano de futuro, por certo ambos precisam no mínimo de 4 anos para colocar a sua ambição na freguesia. Estou certo que com as devidas ajudas do poder local concelhio e de toda a população, daqui a poucos anos esta freguesia estará muito melhor preparada para um futuro de qualidade de vida.
Foi pena que perante a qualidade deste Plano a representante da Câmara Municipal de Góis não tivesse tido uma palavra de apoio ou incentivo.
Seguiu-se um jantar regional com sabores e aromas típicos da Freguesia e do Concelho que fizeram vibrar as papilas gustativas dos Goienses-Lisboetas já habituados quotidianamente a outros sabores. Se recordar é viver, recordámos aromas e sabores vividos nas casas dos nossos Avós, Tios e Pais, da Chanfana às Filhós, da Truta do rio ao Arroz Doce. Tudo isto brindado a sons de outros tempos pelo Rancho Folclórico da Freguesia do Cadafaz.
Bem hajam a todos os intervenientes na Festa da Freguesia do Cadafaz e a todos quantos na sombra contribuíram com o seu trabalho e empenho para este êxito. Bem haja a Casa do Concelho de Góis que nesta tarde teve a oportunidade única de se constituir como a grande sala de visitas de Góis em Lisboa.
Sejam felizes, sem medicamentos.
Dr. Fernando J. Bandeira da Cunha
in Jornal de Arganil, de 14/05/2009 e in http://goisvive.blogspot.com

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Olhares VII

Mais umas fotos sobre o Cadafaz:

Vista da zona da Espanha/Piçarras e Queiroal

Molho de chaves

Roda do antigo lagar, nos Portos

Torre do relógio