segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Férias...

Desejo a todos os visitantes deste blog, umas boas férias (se for caso disso).
Até Setembro...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Alminhas da Sopeirola

A Alminha que hoje coloco, é uma das mais antigas que encontrei. Está na estrada antiga que vai do Cadafaz para a Cabreira. Deste sitio vemos a Cabreira.



Situada no "Cabeço do Padre" almas da Sopeirola, desconheço a sua origem, mas são antigas. Tudo leva a crer que em memória de um Padre, por o nome de Cabeço do Padre.
Luciano Nunes dos Reis
in O Varzense, de 15/05/2007, e in http://goisvive.blogspot.com de 27/05/2007

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Festas em Cadafaz, Agosto de 1965

Esta foto da Cila, foi oferecida à minha mãe pela Madrinha Arminda (madrinha de baptismo da minha mãe e mãe da Cila) foi tirada no dia da sua comunhão que foi no dia 29 de Agosto de 1965.

Digam lá, se a Cila não estava gira?

Ao ler o programa das festas realizadas em 28, 29 e 30 de Agosto de 1965, (nesse tempo as festas em Cadafaz realizavam-se de 2 em 2 anos), reparei que a comunhão dos meninos nesse ano estava integrada nas comemorações, por isso coloco também essa programação: União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

Se repararem bem, os cadafazenses que viviam em Lisboa e que vieram na excursão, para não perderem “pitada” da festa nem dormiram. Fizeram uma directa, porque a hora prevista da saída da excursão era 1h da manhã. Isso é que é amor à “terra”!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Festas 2009

No sábado à noite, o baile era já da organização da Comissão de Festas de 2009.
Esteve também concorrido.

Baile de sabado à noite:

No domingo, à tarde, decorreram as celebrações religiosas, com celebração da missa, seguida da procissão.

A procissão:


Andor do Menino Jesus

Andor de São José

Andor do Divino Martir São Sebastião

Andor da Nossa Senhora de Fátima

Andor da Nossa Senhora da Guia

Andor da Nossa Senhora das Dores

Andor da Nossa Senhora do Rosário

Andor do Sagrado Coração de Jesus

Andor da Nossa Senhora das Neves


No fim da procissão, como é costume decorreu o leilão, que foi muito concorrido.

Leilão:


À noite, houve outro conjunto que animou o serrão.
Hoje, para finalizar os festejos, decorreu a sardinhada oferecida pela União Recreativa do Cadafaz.
Os dias de festa chegaram ao fim. Tudo correu bem. Todos estão de parabéns!
Só nos resta esperar pelas festas do próximo ano, visto já estar nomeada uma Comissão organizadora para as Festas 2010.

3º Encontro de Tocadores de Concertina, Guitarra e Harmónios da Serra da Mata

Este fim-de-semana, o Cadafaz viveu mais uns dias de festa.
No sábado, durante o dia foi dedicado ao 3º Encontro de Tocadores de Concertina, Guitarra e Harmónios da Serra da Mata.

Começou por ser servido um almoço, a todos os presentes.

Vista parcial do almoço:
A seguir ao almoço o Rancho Folclórico do Cadafaz fez uma pequena actuação e logo de seguida começaram as actuações dos tocadores.

Actuação do Rancho:


Alguns tocaram o fado e a assistência, como não podia deixar de ser fizeram uma roda, que não foi maior devido ao espaço. Também se ouviu cantar o fado de Lisboa e de Coimbra pelos tocadores de guitarras.

O fado mandado:
As concertinas:

Os tocadores:





Este encontro, foi organizado pelo Rancho Folclórico do Cadafaz, que está de parabéns pela tarde bem passada e todos ficamos a aguardar pelo 4º Encontro, esperando que seja para o ano.
Mário Neves, presidente do Rancho

Monumento em homenagem ao regionalismo

Tendo como símbolo do regionalismo da freguesia a Liga de Melhoramentos da freguesia do Cadafaz, fundada em 1932, a junta de freguesia do Cadafaz prestou uma homenagem ao regionalismo, no domingo, com a inauguração de um fontenário, no Átrio da Igreja, no qual estão inscritos os nomes de todas as Comissões de Melhoramentos e o respectivo ano da sua fundação.
Neste dia de festa, em que as cerimónias foram acompanhadas pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Coja e pelo Rancho Folclórico da freguesia do Cadafaz, decorreu ainda a inauguração de uma garagem e carrinha que vai estar ao dispor da junta de freguesia para apoio social, bem como a inauguração de um kit para combate a incêndios.
Após a bênção do fontanário pelo padre Carlos Cardoso, o presidente da Assembleia de freguesia do Cadafaz, Armindo Neves, considerou “um dia histórico para a freguesia”, mostrando-se satisfeito por “se falar neste local de valor dos homens que arrojadamente partiram do escuro em busca de melhoramentos para as suas aldeias encravadas neste Vale do Ceira”. Considerou a inauguração do fontenário “uma forma saudável de transmitir aos nossos vindouros a força e o querer dos nossos antepassados que tudo fizeram por “amor à camisola” para colocar no mapa o nome da terra e das suas gentes”.
Já o presidente da junta de freguesia explicou que o objectivo desta homenagem foi “reconhecer o valor que teve o regionalismo na nossa freguesia”. Lembrando que em 1932 foi criada a Liga de Melhoramentos da freguesia do Cadafaz” com a esperança de criar melhor qualidade de vida para as suas gentes”, Casimiro Vicente contou que esta Liga “foi a alavanca do desenvolvimento das nove povoações nelas associadas”, tendo surgido, a partir da sua fundação, uma Comissão de Melhoramentos em cada uma das aldeias da freguesia. E conclui, “o mármore existente neste pequeno e simples marco histórico, carregado de conteúdo humano, irá perpetuar para os nossos vindouros o início do regionalismo da freguesia de Cadafaz, assim como o seu desenvolvimento”.
Em representação da ADIBER, Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira serra, Lurdes Castanheira, congratulando-se com este “tributo ao regionalismo”, enalteceu o facto da Comissão de Melhoramentos de Candosa ser dirigida por uma equipa jovem. “São o exemplo de que o regionalismo está com muita força e é motivo de orgulho para a freguesia”, sustentou a secretária de direcção da ADIBER, mostrando-se também satisfeita por a Associação ser uma “parceira activa” da junta de freguesia.
No uso da palavra, o vice-presidente da Câmara Municipal de Góis, revelou o “grande respeito” que tem pelos regionalistas. Quanto ao fontanário, Diamantino Garcia enalteceu que “temos ali o alimento do coração, o regionalismo que tanto tem feito pelo concelho” garantindo que a junta de freguesia e Comissões de Melhoramentos podem “contar sempre com a Câmara Municipal para vos ajudar”.
O Presidente da Assembleia Municipal de Góis, José Carvalho, reconhecendo o trabalho desenvolvido pelas Comissões de Melhoramentos, advogou que o monumento em homenagem ao regionalismo “veio na hora certa” pois as colectividades “são fundamentais para que as populações continuem a existir”.
Antes do almoço convívio, decorreu ainda a inauguração da garagem da junta de freguesia do Cadafaz, cujo terreno foi oferecido por Carlos Vidal Vicente, benfeitor que na ocasião descerrou uma placa alusiva ao acto, e dirigente da Liga de Melhoramentos da freguesia do Cadafaz.
Refira-se que neste dia usaram ainda a palavra os vários representantes das Comissões de Melhoramentos da freguesia do Cadafaz que aproveitaram para agradecer esta homenagem e recordar a história inerente a cada colectividade. Para além disso, discursou o dirigente do Rancho Folclórico da freguesia do Cadafaz, Mário Neves, o presidente do Conselho Directivo dos Baldios da freguesia do Cadafaz, Artur Neves, que anunciou as receitas que provêm da instalação das eólicas estão reservadas para a criação do Lar da freguesia do Cadafaz, e um representante da Santa Casa da Misericórdia de Góis, Valentim Rosa.
in Jornal de Arganil de 06/08/2009

Inauguração das Águas e Estrada Cemitério-Santo António - 1963

Hoje, coloco mais uma foto que a Cila me enviou, agradeço-lhe a sua ajuda tanto na indicação dos nomes que me faltavam nas fotografias, como no envio de algumas fotos.
Esta foto foi tirada no dia da inauguração das Águas no Cadafaz, que aconteceu no dia 18 de Agosto de 1963.
É uma data importante para os cadafazenses. O dia 18 de Agosto, também é muito especial para mim e meu marido, porque foi o dia em que o nosso filho nasceu, mas 35 anos depois dessa data.

Jorge Videira Henriques e Cila Nunes, foto de Cila Nunes


Circular da União Recreativa do Cadafaz com o programa das festas:

União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

domingo, 9 de agosto de 2009

As botas do meu compadre

Esta é a terceira e última história de cadafazenses no tempo do volfrâmio, que foi escrita pelo Sr. Tenente-coronel Américo Alves Martins.

José de Almeida, também do Cadafaz, era naquele tempo um homem ágil, possante, e hoje felizmente ainda o vai sendo, mas marcado pela idade, que já vai pesando. É meu compadre (aí vai um grande abraço).
Um dia, depois de mudar de roupa, pois ali no rio uma pessoa encharcava-se até aos ossos, iniciou o seu regresso à aldeia. Atravessou a Ponte – Cabreira; e, quando já tinha passado a Fonte de Boiça, ouviu uma patrulha da G.N.R. a gritar-lhe de cá de baixo:
- Oh amigo, pare aí! Pare aí, ouviu? Pare!...
O meu compadre sabia que a distância que os separava era grande, pois a estrada serpenteia por ali acima muito acentuadamente, pelo que resolveu apressar o passo, quanto lhe era permitido. Não podia ir muito longe porque levava as botas cheias de volfrâmio. Tal facto, revelador da soberana dificuldade em andar, fora quem denunciara aos olhos perscrutadores dos guardas. E estes continuavam a bradar, altissonantes:
- Ou para ou vai fogo! Olhe que vai fogo…
Mas qual quê. Amigo José de Almeida passa a curva junto às Alminhas; e, quando chega ao souto dos castanheiros, despeja num repente as botas para a toca dum deles e veio sentar-se, o mais calmo que lhe era possível, na berma da estrada. Só uns instantes depois, é que chega, arfante, a patrulha da G.N.R.
- Não ouviu a gente gritar-lhe para fazer alto? Não fez alto porquê?
- Eu cá não ouvi!
- Tem de ir à revista lá abaixo ao Lagar.
-Mas eu não levo cá nada…
- Isso é que se verá daqui a pouco. Toca a andar.
E lá foi o meu compadre, emparedado entre os dois guardas, até ao Lagar, perante o olhar atento de toda aquela gente que formigava no leito do rio.
Como é óbvio, nada foi encontrado. Mesmo assim, atendendo à desobediência à autoridade, ficou despedido.
Mas, pela calada da noite, silenciosamente, lá foi ele à toca do castanheiro, buscar o volfrâmio, que a candonga bem recompensava…

- Nogueira Ramos, João, «O palco da vida, Acto 11 (três pequenas histórias)» in Góis, tempo de volfrâmio, Entre Memória e História, 1ª edição – Junho de 2007, pp 127.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Folhas Soltas de Cadafaz por A.Silva

Pensar em Cadafaz como uma freguesia pobre, talvez seja falta de ponderação ou conhecimento de todos os valores naturais de que foi dotada pela natureza quer ambiente, fauna, flora, solo propício a quase todo o género de cultura além de rocha, mineralogia e abundância de água, entre outros. Porém que nos leva a crer é que só os nossos primeiros povoadores, uns por curtos períodos outros mais, tiveram a plena consciência do seu aproveitamento, explorando e construindo de modo a beneficiar dos seus recursos. Embora, nos séculos seguintes os grandes "senhores", usufruindo do trabalho servil, dessem continuação à expansão de terras de cultivo, moinhos, lagares, fábricas e estradas, estas já de origem muito avançada, dos romanos, pelas quais ainda hoje conseguimos circular em algumas apesar da sua má conservação. Mas a verdade é que a partir do séc. XIX-XX, pouco tem sido defendido o espólio encontrado, e daí o seu quase desaparecimento. Se por falta de meios disponíveis, indiferença ou pouca sorte, visto que têm surgido grandes oportunidades e grandes expectativas, mas, tal como o fumo, desaparecem no horizonte. Se recuarmos um pouco no passado não muito distante desta freguesia, verificamos por exemplo: na época do minério teve esta freguesia exploração em pelo menos quatro minas das quais extraíram ouro, prata, casseterite, estanho e volfrâmio, onde trabalharam muitos homens e mulheres desta povoação. Porém se eram pobres, mais pobres, cansados e explorados ficara, nem eles nem na sede de freguesia ficou algo que memorize essa época, a não ser tristes histórias verídicas. Também a indústria de madeira foi sempre uma fonte de rendimento para a freguesia, a exploração de madeira de pinho, castanho, cortiça, resina e hoje mais, o eucalipto que se tornou rei nos terrenos outrora cultivados e que, portanto, deviam ser uma fonte de receita comunitárias, não é o que acontece. Actualmente os donos já não são donos não se sabe quem é beneficiado; o que se verifica é terrenos em amálgama, estradas caóticas com a circulação de pesados camiões. No entanto os locais florestais também tinham outro rendimento dos baldios, o mato de moita cuja torga (cepa) era vendida em arrematação para carvão, cujo dinheiro revertia para a Junta de Freguesia. Mas também hoje os baldios já não são baldios constituíram-se Compartes e nem sequer se verifica aproveitamento; com o aspecto das inovadoras lavragens ficam pedras soltas onde dificilmente as raízes têm hipótese de sobrevivência vegetal. Quanto à grande variedade de rocha existente nesta zona também, a não ser os nossos antecessores deixando-nos um valioso património em casas de xisto, presentemente é pouco explorada a não ser em negócios particulares e que é absurdo não ser antes aproveitada na recuperação dos imóveis em degradação da freguesia, criando até hipótese de cursos jovens em alvenaria visto que ainda temos grandes artistas desta profissão. E se nos debruçarmos sobre o assunto do precioso líquido, a água, também aqui se verifica uma real desatenção. As nascentes desaparecem no meio da vegetação e terrenos incultos, inclusive a abertura de estradas desviam o seu percurso, os ribeiros deixam de ser limpos, a água que bebemos é imprópria ou com alto teor de desinfectantes aliada à pesada taxa municipal por um bem que brota do solo onde vivemos. É, de certo modo, uma grande falta de deferência para com as comunidades que ainda tentam resistir nas aldeias. Isto já pouco falando dos engenhos hidráulicos que se deixaram perder ao longo dos maiores cursos de água. Restam nesta povoação dois moinhos e um lagar que poderiam ser de alguma utilidade ou apenas mostra turística, de acordo com os donos. No entanto nada se fez e nem sequer demover a indiferença aos apelos feitos as entidades representantes.
Mas... a partir de 1996 mais uma nova e lucrativa oportunidade voltou a surgir em Cadafaz - a Energia Eólica - sendo esta freguesia a primeira do Concelho onde foi instalado este projecto inovador. Várias promessas, muitas esperanças quem sabe até de nos ser fornecida energia eléctrica mais económica, o que seria muito significativo dos seus responsáveis e valorização da freguesia. No entanto, tal como as outras expectativas, decorridos 14 anos, como obra feita surge uma escavação, dizia-se para imóvel ao serviço dos Compartes mas que hoje está um estaleiro. Quanto a benefícios provenientes desse recurso parece que pequenas migalhas para muitos bicos, nada de memorável tal como do minério.
CONCLUSÃO: Perante estes e outros bens não aproveitados, é preocupante pensar se vivemos numa freguesia pobre! Mas partiremos na Esperança que daqui a muitos anos venham novos povoadores e recuperem o que nós deixamos perder ou destruir...
in Jornal de Arganil, de 6/08/2009 e in http://goisvive.blogspot.com
As fotos que se seguem, referem-se ao texto sobre a União Recreativa do Cadafaz 1963 -1965, que coloquei dia 5 de Agosto.
Almoço de apresentação da Bandeira da URC, 20 de Janeiro de 1963, em Lisboa

Homenagem ao Padre André e Benção da Carreta, 17 de Agosto de 1963, em Cadafaz

Fotografia do 1º almoço comemorativo do aniversário da União Recreativa do Cadafaz, em 24 de Novembro de 1963, em Lisboa.

União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Homenagem no Cadafaz - Monumento perpetua valores do regionalismo

Tendo como símbolo a Liga de Melhoramentos, fundada em 1932, a Junta do Cadafaz, concelho de Góis, decidiu prestar uma homenagem ao regionalismo da freguesia, no domingo, com a inauguração de um fontanário.
No monumento estão inscritos os nomes de todas as Comissões de Melhoramentos e o ano da sua fundação. Deste modo, no fontanário, que foi erigido, como se pode ler na placa alusiva, "pelo empenho, esforço e dedicação de todos os regionalistas da freguesia", é feita referência às comissões de melhoramentos da Cabreira (1953), da Candosa (1955), União Recreativa do Cadafaz (1960), Grupo de Amigos de Capelo (1960), Grupo A Bem da Sandinha (1962), Liga dos Amigos das Mestras (1967), de Corterredor (1975) e Comissão de Melhoramentos e Preservação do Tarrastal (1984).
A cerimónia contou com a presença de vários autarcas, nomeadamente os presidentes da Junta do Cadafaz e da assembleia de freguesia, o vice-presidente da Câmara Municipal de Góis, o presidente da Assembleia Municipal de Góis, elementos da ADIBER, da Misericórdia de Góis, dos Baldios da Freguesia do Cadafaz, bem como os vários representantes das colectividades regionalistas homenageadas.
Após a bênção, do fontanário pelo padre Cardoso, e inauguração o presidente da Assembleia de Freguesia do Cadafaz mostrou-se satisfeito por "se falar do valor dos homens' que arrojadamente partiram do escuro em busca de melhoramentos para as suas aldeias encravadas" no Vale do Ceira. "Estamos a viver hoje um momento único na história do regionalismo cadafazense", reforçou Armindo Neves, louvando a "coragem" do presidente da junta de freguesia, ao erigir o monumento.
Por seu lado, o presidente da Junta do Cadafaz realçou que o objectivo da homenagem foi "reconhecer o valor que teve o regionalismo na freguesia". Lembrando que em 1932 foi fundada a Liga de Melhoramentos da freguesia do Cadafaz, "com esperança de criar melhor qualidade de vida para as suas gentes" Casimiro Vicente contou que a liga "foi a alavanca do desenvolvimento das nove povoações nela associadas". De tal modo que surgiram, a partir da sua fundação, uma comissão de melhoramentos em cada uma das aldeias da freguesia."Acredito que todas as juntas que exerceram funções desde 1932 sentiram, assim como nós, o orgulho de termos nascido no Cadafaz e estariam de acordo com este nosso reconhecimento", disse o autarca, frisando que "o mármore existente no pequeno e simples marco histórico, carregado de conteúdo humano, irá perpetuar para os vindouros o início do regionalismo da freguesia, assim como o seu desenvolvimento".
Em representação da ADIBER - Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra, Lurdes Castanheira manifestou-se satisfeita por a associação ser uma "parceira activa" da junta de freguesia. "No âmbito do PRODER, pode contar com o apoio da ADIBER", afirmou.
O vice-presidente da Câmara de Góis, Diamantino Garcia, deixando uma palavra de apreço e de respeito a todos os regionalistas, garantiu que a junta de freguesia e comissões de melhoramentos podem "contar sempre" com a ajuda da autarquia.
O presidente da Assembleia Municipal de Góis, reconhecendo o trabalho desenvolvido pelas comissões de melhoramentos, afirmou que o monumento em homenagem ao regionalismo "veio na hora certa". "Está ali escrito empenho, esforço e dedicação, não encontraria melhores palavras para definir os representantes das comissões", acrescentou José Carvalho, sublinhando que estas colectividades "são fundamentais para que as populações continuem a existir".
Na cerimónia usaram ainda da palavra os representantes das comissões de melhoramentos, que aproveitaram para agradecer a homenagem e recordar a história de cada colectividade, bem como o dirigente do Rancho Folclórico do Cadafaz, Mário Neves, e o presidente do Conselho Directivo dos Baldios da freguesia do Cadafaz, Artur Neves, que anunciou que as receitas que provêm da instalação das eólicas estão reservadas para a criação do Lar da freguesia do Cadafaz, e um representante da Misericórdia de Góis, Valentim Rosa.
in Diário As Beiras, de 05/08/2009 e in http://goisvive.blogspot.com

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

União Recreativa do Cadafaz - 1963 – 1965

No dia 20 de Janeiro de 1963, tem lugar um almoço de confraternização e apresentação da Bandeira da colectividade, a qual foi custeada por subscrição pública promovida pela Comissão de Fundos da Bandeira constituída pelas senhoras: Maria da Luz Martins dos Santos, Belmira de Jesus Paulo e Maria Lopes Serra.
Refira-se que foram angariados 4.461$50, que resultaram de 194 donativos que variam de 1$00 a 100$00.
Em 17 de Agosto de 1963 a União promove em Cadafaz uma homenagem ao reverendo padre André Almeida Freire, pároco da freguesia de 1926 a 1958 e a benção da Carreta Funerária de tracção braçal para servir toda a população da freguesia de Cadafaz, realizando para o efeito uma excursão a Cadafaz de 15 a 19 de Agosto e organizou os festejos de 18 de Agosto, comemorativos das inaugurações da Rede de Abastecimento público de água e da estrada Cemitério-Stº António.
Em 24 de Novembro de 1963, realiza-se o primeiro almoço comemorativo do aniversário da União Recreativa do Cadafaz, organização que congrega grande participação da massa associativa sendo por isso aproveitada para convívio e balanço da actividade desenvolvida, vai tornar-se uma acção tradicional da colectividade.
A necessidade de articular as iniciativas da direcção, com a população de Cadafaz, Junta de Freguesia e Câmara Municipal conduziu à criação de uma delegação da União em Cadafaz, para cuja presidência foi eleito o sócio Guilherme Simões Alves, presidente de Junta de Freguesia de Cadafaz, o que permitiu assegurar bastanta sintonia de objectivos e um grande espírito de colaboração entre a colectividade e aquele órgão de Administração.
Estamos em 1964, a população escolar de Cadafaz é significativa, as carências de material escolar são generalizadas, não existe qualquer apoio governamental com fins sociais, pelo que a União em estreita colaboração com a dedicada professora Arminda de Jesus Alves Martins vai promover, na época de Natal, a oferta de batas escolares, canetas, lápis, cadernos e borrachas a todos os alunos. Esta atitude vai repetir-se durante vários anos.
Em 16 de Maio de 1965 tem lugar uma excursão aos 3 castelos com partida de Cacilhas (a ponte sobre o Tejo era ainda um sonho), que conta com grande participação dos cadafazenses.
No dia 11 de Julho de 1965, em Algés, realiza-se o primeiro Piquenique da colectividade, espaço de convívio, divertimento e de angariação de fundos.
É adquirido um terreno nas Piçarras para construção de uma Casa de Recreio.
O processo de alargamento do Largo da Volta-do-Carro é desencadeado com grande dinâmica, e as boas vontades ultrapassam as incompreensões, tendo lugar no dia 28 de Agosto de 1965 a inauguração do Largo da União Recreativa do Cadafaz.
A União Recreativa do Cadafaz colabora financeiramente no processo de electrificação das aldeias da freguesia de Cadafaz, fazendo a entrega de um donativo à Liga de Melhoramentos da Freguesia do Cadafaz que dinamizava o referido projecto.
O governo em Portugal era na época extremamente autoritário e com um modelo de administração centralizado pelo que todas as decisões passavam pelo «Terreiro do Paço», as Câmaras e Juntas de Freguesia pouco faziam para além de processos burocráticos, sem qualquer componente executiva de sua própria iniciativa. As obras quando eram conseguidas, resultavam de um conjunto de andanças por Ministérios e Direcções-Gerais.
A Guerra Colonial mantinha os jovens afastados das suas aldeias, da sua comunidade e muitas vezes de Portugal. Nomeadamente em Comissão de Serviço, a União vê partir o seu presidente – Américo Alves Martins – para o então Ultramar, os colegas de direcção promovem em conjunto com outras colectividades uma festa de despedida, mas perdem um dos elementos mais dinâmicos e experiente do movimento regionalista.

União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Festa do Regionalismo da Freguesia do Cadafaz

Dia 2 de Agosto, decorreu com muita assistência, a inauguração do novo chafariz no Adro, em honra do Regionalismo da Freguesia do Cadafaz.



Também, foi inaugurado uma carrinha e um tractor pertencentes à Junta de Freguesia para darem apoio as populações.



Vista geral do Adro:


Ao som da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Coja e do Rancho Folclórico da Freguesia do Cadafaz, foi percorrido as ruas da aldeia até à Garagem da Junta de Freguesia, onde também foi inaugurada a Garagem.




De seguida, todos os presentes deslocaram-se à Casa de Convívio, onde foi servido o almoço, que estava muito bom, sendo a ementa: sopa e torresmada.


Depois do almoço, o Rancho fez uma actuação com várias danças e no final como é hábito, o tradicional fado mandado, onde se juntou vários pessoas fazendo uma grande roda.

O Cadafaz viveu mais um dia de festa, para o próximo fim-de-semana haverá mais!