sexta-feira, 7 de maio de 2010

Parque Eólico de Cadafaz II


  Vista da Lomba das Relvas

À pouco tempo começou a funcionar o novo Parque Eólico de Cadafaz II, ao todo são 9 torres de areogeradores com 83 metros de alturas cada uma. No primeiro parque que já está em funcionamento desde 2001 as torres medem 47 metros, quando olhamos para o cimo das novas eólicas é impressionante a altura que elas têm. Recomendo um passeio até elas, poderão ver uma bela paisagem a perder de vista.
Encontrei na Internet uma informação do ano de 2008 referente a um estudo do novo Parque eólico que nos dá uma previsão do seu funcionamento:
A colocação de 9 aerogeradores de 2000 kW, correspondendo à instalação de uma potência total de 18 MW e a uma produção média anual estimada de 52,6 GWh.
A construção do Parque Eólico corresponde a um investimento de cerca de 22,5 milhões de euros. Ao longo da fase de operação do projecto, que se prevê de 20 anos serão apenas necessárias visitas ao Parque para manutenção e eventuais reparações.
O marco geodésico da Malhadinha (cota 948m) localiza-se entre os aerogeradores.
A Subestação de Folques, que se situa no concelho de Arganil será o ponto de ligação à rede eléctrica, sendo a tipologia da linha de 60 kV.
Durante a fase de exploração prevê-se que nas povoações analisadas os impactes acústicos sejam nulos ou de magnitude reduzida.
in http://aiacirca.apambiente.pt/Public/irc/aia/aiapublico/library?l=/aia1863_subestao/resumo_no_tcnico/_adit_rntpdf/_PT_1.0_&a=d, conultado em Março 2010

Das vezes que estive no Cadafaz e por a minha casa ficar perto do parque eólico, quando um dos aerogerador está a funcionar temos ouvido como barulho de fundo a rotação das pás, que me faz lembrar um avião a passar, o que será quando todas as torres estarão a funcionar em pleno? Nem quero imaginar o barulho, só sei que o silencio acabou…

A seguir coloco um texto, que fiz em 2008 para o meu processo de RVCC-Secundário, onde falei sobre o Parque Eólico de Cadafaz:
Como o Cadafaz é situado numa zona alta, de há uns anos a esta parte, tem aparecido cada vez mais parques eólicos nas redondezas mais elevadas. Nestes parques, é fabricado a energia eólica que consiste em aproveitar o vento, a qual é transformada em outros tipos de energia como a energia mecânica e energia eléctrica.

Os primeiros aproveitamentos desta energia foram feitos pelos barcos veleiros há milhares de anos, moinhos de vento que moíam grão ou bombeavam água.
Hoje em dia produz-se electricidade com os aerogeradores de grandes dimensões ao qual também é dado o nome de turbinas eólicas.

Anexo 1





Anexo 2



A energia cinética do vento resulta das deslocações de massas de ar e transforma-se em energia mecânica através de aeromotores e em energia eléctrica através de turbinas éolicas ou aerogerador.
O funcionamento de um aerogerador é baseado na conversão da energia cinetica, que resulta do movimento de rotação, o qual é feito com ventos superiores a 3m/s (11km/h) nas pás do aerogerador. Para um bom rendimento é necessário que a localização dos geradores estejam numa região muito ventosa.
A potência mecânica disponível numa turbina depende da velocidade do caudal de ar que passa através dela. A quantidade de electricidade a ser gerada pelo vento depende de quatro factores:
- Da quantidade de vento que passa pela hélice
- Do diâmetro da hélice
- Da dimensão do gerador
- Do rendimento de todo o sistema



Esquema de produção de energia electrica
Foto: U.S. Department of Energy
Anexo 3



Um aerogerador é formado por:
Rotor eléctrico: é o componente responsável por capturar a energia cinética dos ventos e transformá-la em energia mecânica de rotação. A sua configuração influencia directamente o rendimento global do sistema.
Existe dois tipos de rotores: de eixo horizontal que se dividem em três grupos:
Rápidos (2 a 3 pás), Velocidade média (3 a 6 pás) e Lentos (6 a 24 pás)
Rotor de eixo vertical: é menos usado porque o aproveitamento do vento é menor.

Anexo 4

Transmissão e caixa multiplicadora: é composta por eixos, engrenagens de transmissão e acoplamentos. Transmite a energia mecânica entregue pelo eixo do rotor até ao gerador.
Mecanismo de controlo: destina-se à orientação do rotor de velocidade e de carga.
Gerador: transforma a energia mecânica de rotação em energia eléctrica através de equipamentos de conversão electromecânica. O tipo de gerador influencia o comportamento e a interacções com a rede.
Torre: sustenta e posiciona o rotor a uma altura conveniente para o funcionamento.

A energia eólica é vista como uma das mais importantes opções para a geração de energia limpa e sustentável, o que possibilita uma melhor qualidade de vida para as futuras gerações. Também reduz os gazes de efeito estufa e faz baixar a poluição.
Um dos problemas para esta energia é o da intermitência do vento. O que faz que esta energia não é um fornecedor seguro devido às variações do vento. Esta energia poderia substituir outra energia renovável que é a hídrica.
Tem havido alguns protestos contra os parques eólicos devido ao impacto visual e ambiental. Os aerogeradores ao movimentarem as pás fazem muito ruído e “estragam” a paisagem com estas altas torres. Também afecta a vida animal, como os morcegos e as aves canoras que migram durante a noite e à baixa atitude o que faz que correm risco de embaterem nas pás.
Como em tudo, existe sempre prós e contras, temos que tentar conciliar as coisas para poder ter no futuro uma boa qualidade de vida.
http://elepot.dei.uminho.pt/SiteElepot/simposios/apresentacoes/mafalda.pdf, consultado em Julho 2008

3 comentários:

  1. Estou de acordo com o seu último parágrafo. O nosso cérebro - nós - adaptamo-nos ao meio ambiente para poder sobreviver. Houve um tempo em que vivi em frente ao Jardim Zoológivo de Lisboa. De noite, ouvíamos os leões a rugirem e como eramos miúdos, mostrávamos algum receio. Depois de casada, vim para uma rua com uma frente óptima mas passa a linha do combóio nas traseiras.
    Com o passar do tempo, tanto num lado como no outro, deixei de os sentir porque os aceitei como parte do meu ambiente, não lutei contra. É na aceitação que está a comodidade.
    Aliás como com tudo na vida. Se não há outro remédio, porquê não aceitar?
    Gostei imenso de ler este seu post.
    Beijo e bom fim de semana.

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  2. Olá Paula. Faço parte da empresa (AGRIPRO Ambiente) que elaborou o estudo de impacte ambiental do novo parque eólico do Cadafaz (como bióloga) e embora não tivesse colaborado directamente no mesmo (foram os meus colegas da sede do Porto), tive oportunidade de o ler e as saudades foram muitas. A última vez que fui à terra, já vi os primeiros aerogeradores. Temos de aproveitar os nossos recursos naturais e a energia eólica é um deles. Gostei muito deste post:-). Bjinho. Susana Baptista (neta da Maria Sales)

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  3. Olá Guida,
    Obrigada pelo seu comentário. Como diz temos de aceitar os ruídos porque de uma maneira ou de outra fazem parte do nosso ambiente.
    Olá Susana,
    Agradeço também o teu comentário. Conheço há vários anos a AGRIPRO Ambiente, de Lisboa, visto a firma onde trabalho dar assistência técnica à central telefónica, quando pegares no teu telefone podes te lembrar de mim...
    Este fim-de-semana fui ao Cadafaz e verifiquei que os 9 aerogeradores já estão a funcionar em pleno. É verdade temos de aproveitar os nossos recursos naturais para um dia mais tarde termos uma boa qualidade de vida.
    Bjs às duas.
    Paula

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Paula Santa Cruz