quinta-feira, 31 de maio de 2012

sábado, 26 de maio de 2012

Alminhas de Virgílio Nunes dos Reis

Estas alminhas, são as primeiras que encontramos, do lado direito, quando chegamos  ao Cadafaz, foram mandadas construir pela família em sua memória.





segunda-feira, 21 de maio de 2012

Folhas Soltas de Cadafaz por A.Silva

Que aconteceu a Cadafaz? Uma povoação cheia de vida, alegria e perseverança. O que aliás ainda tenta persistir na nossa memória, "cuja teimosia não quer deixar esquecer o passado". Porém a realidade é visível, constante e triste, mas não podemos deixar extinguir a luz da esperança e sobrevivência. Já que tanto nos foi legado pelos antepassados, certamente com a intenção de que todas as suas obras e sacrifícios seriam perduráveis.
Mas, tal não está acontecendo, pelo que se torna deveras apreensiva tal situação. Que se passa afinal com a comunidade cadafazense? Com as entidades responsáveis, representantes, autarcas, inclusive as coletividades, enfim, as promessas feitas, adquirir, acabar ou conseguir, que têm passado de ano após ano, como por exemplo: a rede móvel, o tanque para apoio a combate de incêndios, o alcatroamento da estrada Cadafaz-Selade do Braçal, arranjo do lavadouro, além do que se tem deixado retirar, sem qualquer preocupação na sua resolução, benefícios estes essenciais para a população residente e, que certamente já poderiam ter sido contemplados com verbas gastas noutras inaugurações interpoladas, semiesquecidas e inacabadas. Sabemos que nas últimas décadas, muita coisa mudou ou modificou, criando-se títulos cujos pedestais não tinham sido assentes em rocha firme, nasceram ideais de fantasia cor de rosa e feitos fantasmas, (tivemos vários e continuamos a ter) nesta povoação alguma de destaque em notícias - o Lar em Cadafaz, a Quinta Pedagógica, Auditório com ar condicionado e circuito fechado TV-Internet e por último a Confraria na sede de freguesia? …) Olhamos em redor, e que vimos nós? Promessas tendenciosas.
Creio que o nosso, planeta Terra, começou a rodar velozmente, cujo eixo se ressentiu na sua meteórica e vagarosa rotação. Agora que nos reservará o futuro? Quando os valores humanos tem desaparecido e à medida que a comunidade vai diminuindo, vão também sendo esquecidas as obrigações por quem de direito e com deveres ao acompanhamento, valorização e deferência à comunidade ainda existente. Mas quando se observa, a realização de eventos informações de interesse público ou outros, e escolhida determinadas localidades do concelho ou povoação da freguesia - porque - tem mais gente... Como se os poucos, tenham culpa de ser menos, e portanto, não vale a pena!
Também, felizmente tem sido criados vários locais de apoio e informação no Concelho, mas será possível as pessoas terem possibilidade de aí se deslocarem, como... E quantas vezes mesmo no local, no caso de serviços administrativos deparam com acessos inacessíveis para deficientes, escadas sem rampas de acesso. Também as Placas, em locais visíveis dos referidos serviços, fossem de algum benefício, inclusive há serviços que são desconhecidos pelos munícipes que moram fora da vila. Isto talvez pela falta de informação nas localidades. É certo que há uma grande percentagem de idosos, mas não é ir formando uma espécie de muralha em redor de cada aldeia, que se lhes dá alguma réstia de qualidade vida, quer de acompanhamento moral, físico ou intelectual, inclusivamente perdem-se assim os seus conhecimentos adquiridos ao longo da sua existência. Também não é dos gabinetes através do telecomando ou pulseira, o que parece estar a iniciar-se... No entanto, sabemos, que nos últimos anos a solução concentrou-se nos estabelecimentos para idosos (se lhes dou este nome, porque alguns nem sequer são dignos de tal classificação, mas, parece ser hoje uma grande valia para o país, tal o império que se tem que se tem conseguido, em parte, à custa dos indefesos seres humanos, sem voz para reclamarem o modo de tratamento. Não é raro que ao visitar alguns desses locais observamos olhos tristes sem lágrimas, bocas sem sorriso, sabendo-se que entre eles ainda se encontram mentes que podiam ser válidas no seu meio habitacional. Porém, a ausência de meios financeiros e familiares a isso os obriga. Será uma situação no final de vida e feliz? Não creio. Recordo que esta povoação nos anos de 1950/60, teria cerca de 80-100 habitantes acima de 60 anos, o que me faz pensar: haverá hoje idosos a mais, ou a falta de acompanhamento e condições de vida por parte das suas gerações para que possam cuidar deles e dos filhos? Para parte desta solução talvez que as instituições de solidariedade social e humanitárias deveriam incidir mais diretamente entre o idoso, crianças e familiares consoante os casos. Mas, nem sempre acontece e o resultado é abandonar o seu pequeno palácio ou morrer só... Enfim, estamos perante sistemas, ações e ideias demasiado complexas, para as quais, mesmo algum com verdadeira proficiência, dificilmente conseguirá dar solução. – E, são estas e outras situações que nos preocupam em Cadafaz, pelo que, não posso deixar de repetir: Esta não é a aldeia e freguesia que conheci, onde a vitalidade, o diálogo, a cooperação o e interesse, estavam presentes, precisamente o contrário do que hoje se verifica.
Numa altura (segundo o que vimos na imprensa), todos os núcleos das grandes ou pequenas freguesias e aldeias, estão em movimento e interessados numa resolução do seu torrão natal, qualquer que sejam os seus ideais, idades ou categorias... Cadafaz... Que fez... que explicou à comunidade ... Será como habitualmente um assunto unilateral.
- Não pretendo com este meu artigo medir tudo e todos pela mesma "bitola", e muito menos incluir política. A experiência de vida e o caminho percorrido, ensinaram-me a saber separar o trigo do joio, o que continuarei a fazer isenta de hipocrisia ou malabarismo. Concluirei, respeitando uma das versões bastante habitual, "Os que falam... nada fazem". Mas serão esses que ficam aguardando o trabalho dos "calados". Oxalá seja profícuo para bem dos Cadafazenses existentes e vindouros.

Cadafaz, maio de 2012

in O Varzeense de 15 de maio de 2012

terça-feira, 15 de maio de 2012

Mês das sementeiras

Maio é o mês das sementeiras, hoje no Cadafaz, poucos são quem ainda as fazem. Coloco umas fotos para recordar esses tempos, que devem ter sido tiradas há mais de 30 anos.

Foto de Cila Nunes

Foto de Cila Nunes


Havia sempre tempo para “matar o bicho” e descansar.

Foto de Cila Nunes

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Folhas Soltas de Cadafaz por A.Silva


SOLENIDADES DA PÁSCOA
Realizaram-se na freguesia de Cadafaz algumas das solenidades da Páscoa. Na sexta-feira Santa, procedeu-se à cerimónia da Via-Sacra, por um grupo de fiéis, na igreja paroquial. No Domingo, houve celebração de missa e procissão da eucaristia, tendo para estas cerimónias vindo um Sr. Pároco de Coimbra. A seguir começou a visita pascal nesta povoação e restantes aldeias, feita por dois grupos. Felizmente verificamos que, mais um ano, os nossos conterrâneos, amigos e muita juventude estiveram presentes, não deixando que pelo menos nesse dia nos sentíssemos menos tristes e sós. Claro que, tão antiga tradição se mantém ainda hoje, graças aos dois grupos de fiéis que para tal se prontificam de bom grado, visto que além da comunidade ter diminuído a missão continua a ser exaustiva e distante. Mas a sua boa vontade e sacrifício ser-lhe-á certamente aceite por JESUS - BEM HAJAM.
Também de relevar a preocupação e empenho que se esta verificando na recuperação e arranjo exterior e interior na nossa igreja que bem precisava e que felizmente a pouco e pouco vai mostrando a sua beleza, graças ao empenho dos seus zeladores. Outro assunto que sempre dignifica quem o pratica é a afixação no placar da igreja de informações referentes às despesas ou lucros sobre assuntos da igreja ou festividades e até das capelas. Tal gesto já há muito se pratica noutras localidades.
LIMPAR PORTUGAL
Este título faz-me pensar: Haverá presentemente pessoas ou produtos de limpeza suficientes para "limpar Portugal" ... Porém falando no bom sentido da ação, interrogo-me se será eficaz, limparem-se zonas envolventes, matas, veredas, distantes dos povoados? Quando à entrada destes se nos deparam autênticos montes dos mais diversos materiais desorganizados, inclusive "monstros" fora de uso. Por vezes o mesmo acontece no centro da própria aldeia, onde existe um pequeno recanto. Não seria melhor ser ocupado por uma árvore ou planta de jardim? Caso contrário vamos seguindo para uma degradação completa onde as pessoas vão sendo substituídas por desperdícios e … gatos.
A aldeia é uma casa de todos nós e de quem nos visita e são as suas casas velhinhas, ruas e becos que nos vão contando parte da sua identidade.
AS ESTRADAS CAMARÁRIAS
As estradas camarárias da margem esquerda do Ceira estão precisando de alguma atenção. Não sei a quem compete mandar, informar ou zelar, aliás sendo estas vias também bastante utilizadas pelas nossas entidades da comunidade, é estranho que não haja um pouco de reparo. Sabemos que os transportes são de "pernas altas" e os arranjos alguém pagará. No entanto, é com o devido respeito que solicito a quem de direito o obséquio de reparação ou verificação do estado em que se está transformando a estrada de acesso: Candosa - Cadafaz - Lomba da Relva - direção a Cerdeira ou Cabeçadas - cujos buracos no piso já não só afetam o carro como a condução, para mais, tratando-se, como se sabe, de uma via estreita.
A outra via, também na margem esquerda - Cadafaz - Cabreira, com os muros de resguardo, em parede, nas curvas, se encontram em ruína, talvez devido aos encostos das máquinas e transportes de longo porte.
Claro que os anos já lhes pesa, no entanto ainda não foi feita outra opção melhor ou de mais segurança e a promessa a alguns tempos feita, de alargamento das curvas da estrada até à Cabreira foi para juntar a muitas outras.

in O Varzeense de 30 de Abril de 2012


segunda-feira, 7 de maio de 2012

As telecomunicações no Cadafaz estão cada vez pior!

De há dois meses a esta parte, tenho ligado várias vezes por semana para as avarias da Portugal Telecom, visto o telefone da minha mãe estar quase sempre sem funcionar.
Este problema já se arrasta há pelo menos 15 anos e têm vindo a piorar, estes últimos meses, foi mais o tempo em que a linha telefónica esteve avariada do que operacional.
A avaria é sempre a mesma e para vários telefones ao mesmo tempo, no Cadafaz. Ligamos para lá dá-nos sinal de chamar, mas do outro lado o telefone não toca, nessas alturas não se consegue fazer uma chamada o aparelho está mudo.
Porque já sabemos do problema, quando não nos atendem, ficamos na dúvida se a linha está a funcionar ou se não está ninguém em casa. Como é uma avaria intermitente, temos que ir tentando ligar até conseguirmos falar. É preciso ter muita paciência e persistência!!!
Quando é reparada a avaria, por vezes só funciona bem um par de horas.
Depois de falar com vários técnicos da Portugal Telecom deram-me a seguinte informação:
A central telefónica que serve o Cadafaz encontra-se a mais de 10 km, para esses casos é preciso ligar a linha a um PD eletrónico que só suporta um certo número de telefones. Por exemplo no Cadafaz existem 20 telefones, esse PD só consegue funcionar com 5 telefones a falar ao mesmo tempo, quando há sobrecarga vai-se abaixo. Pelo que me foi dito não há nada a fazer, porque a empresa não tem outro equipamento para substitui-los. Temos que nos resignar em ter o telefone a funcionar desta maneira ou então não ter telefone.
Nesta aldeia, vivem na maioria pessoas de idade que só têm este meio de comunicação com os seus familiares ou para tratar de outros assuntos, como é que conseguem contactar ou serem contactados se nem rede móvel existe?
A rede móvel ainda não chegou ao Cadafaz, por vezes consegue-se obter um pouco de sinal, mas mal, é preciso andar com o telefone na mão e ver onde se apanha melhor sinal.
Estamos no seculo XXI mas as telecomunicações a funcionar plenamente no Cadafaz não existem e pelos vistos irão continuar assim!
Ao menos uma coisa boa, a TDT chega ao Cadafaz à casa da minha mãe!

quinta-feira, 3 de maio de 2012