terça-feira, 30 de setembro de 2014

Falecimento



Faleceu hoje, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, o Sr. Manuel Martins Antunes, também conhecido por Ti Manel de Vide.
O funeral realiza-se amanhã dia 1 de outubro, pelas 11 horas na Igreja do Cadafaz.
Ao Américo os meus sentidos pêsames.

domingo, 28 de setembro de 2014

Recuperação da praia Fluvial na Ponte Velha - Cabreira

A praia fluvial da Ponte Velha na Cabreira foi restaurada, o local é lindíssimo e depois das obras ficou ainda mais, como poderão o comprovar pelas fotos.

Para quem ainda não conhece, é um dos locais a visitar e tomar banho no próximo verão.



















domingo, 21 de setembro de 2014

Reservatório de água

Em novembro do ano passado, postei sobre os trabalhos de terraplanagem para a construção de um tanque reservatório de água:  
No início do mês de agosto o tanque foi enchido de água, estando já pronto para abastecer os helicópteros num caso de incêndio.
A vista no local é lindíssima, se for ao Cadafaz, vale a pena fazer uma caminhada até lá. 





Ao fundo a aldeia da Cabreira.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Notícia de outrora

Professora em Cadafaz há mais de 5O anos
- D. Laurinda Maria da Silva Mariano evoca esses tempos, desfolha recordações e promete voltar.

«O Cadafaz e a sua gente cativaram-me logo de início». É assim que a D. Laurinda Maria da Silva Mariano começa a carta que amavelmente me dirigiu. Uma carta extremamente cativante e altamente significativa. Manuscrita com o mesmo tipo de letra que, há mais de 50 anos, ensinou e apresentou aos seus alunos, ao grupo dos quais sempre senti orgulho de pertencer. É um texto que derrama saudade e exalta as
virtudes das gentes cadafazenses. Merece a pena divulga-la.
A historia da minha querida professora, aqui em saliência, parte de uma cena preocupante, a qual, assinalada hoje, à distancia de mais de meio seculo se tem de
aceitar e compreender. Ali se fala do virtuosismo e qualidades das crianças que eram e que hoje homens e mulheres são. Da parte que me toca deixo extravasar o meu sincero reconhecimento.
«Quando fui - começa por contar - para lá nomeada, calculava uma terra isolada, uma serra, sem transportes e um povo atrasado. Nada disso, transportes não tinham, mas era um povo evoluído e crianças espertíssimas como nunca encontrei. Vinha dos distritos de Leiria e de Santarém, um povo muito atrasado, apesar de terem lá os transportes. Nas crianças havia uma grande percentagem de anormais».
E «como recordar é viver, sinto-me feliz a falar do Cadafaz», acrescentou. A sua alma saudosa e o coração que tanto se afeiçoaram e se doaram a esta aldeia, abrem-se de par e par. É o retrato e a imagem de um passado longínquo a manterem-se vivos e lúcidos nos dias de hoje. Retalhos de vida que jamais se esquecerão.
«Vou começar pelo princípio - e iniciou a narrativa com entusiasmo: Um dia, há muitos anos, cheguei a Góis, onde tinha de tomar posse da escola do Cadafaz, para onde concorri e tinha sido nomeada. Depois das formalidades da posse, apresentaram-me uns senhores que deveriam ser da Junta de Freguesia, com uma mula para me transportar. Com muitas recomendações, para não puxar a arreata que ela não gostava e fazia o pino. Assim seguiu a caravana por uma estrada de carro de bois, a beira do Ceira. O meu irmão ia tão assustado com os precipícios que me dizia baixinho «não fiques cá». Eu ia tao grata com aquela nobre acção daqueles homens bons, que deixaram os seus afazeres para irem ao encontro da professora, que não tinha transporte e nem sabia o caminho para lá chegar».
Prosseguindo a reconstrução da tela com a sua memória rejuvenescida - apesar dos seus 85 anos - arquivou com enlevo as passagens dessa vida. Folhas desfolhadas em delírio de encanto. Em abraço consciente de quem soube (e sabe) cumprir com dignidade, elevação e mestria as suas funções e as suas obrigações.
«Agora - retomando a palavra - o meu irmão ficou-lhe aquela atravessada, sempre que me escrevia, recomendava-me que quando fosse a Góis, que fosse pela rodeira de cima. Claro eu nunca mais por lá passei. Aquela estrada era o «macdame» daquele tempo. Quando ia a Góis descia e subia e não me custava nada».
Mais um episódio se regista. Significativo. Edificante. Merecedor do maior apreço. A referida estrada que, de Góis passava por Cortecega, Cabreira, etc., foi, felizmente, passados anos, totalmente modificada, ao longo do Vale do Ceira. Hoje é asfaltada.
Mas retomemos o fio da descrição. Já ressaltou, em catadupas, a nobreza daquelas gentes mergulhadas em onda de amor, de amizade, de carinho. Tempos em que o sacrifício era sinonimo de prazer, em que as agruras se transformavam em felicidade, em que o sentimento fraterno não era palavra vã.
«Uma vez - e mais um caso comovente se relata - ia mais uma senhora que me acompanhava e levava sempre uma lanterna de azeite, que ela me dizia que era
para afugentar os lobos. Mas numa dessas viagens a lanterna não acendia. Chegámos a ponte da Cabreira e ela foi pedir aos lagareiros para lhe darem uma pinga de azeite. E eles, simpáticos, encheram a lanterna. Mas a lanterna continuava teimosa. A pobrezinha lembrou-se que era da torcida. Foi a um farrapo que estava a espantar os coelhos. Fez a torcida mas também não se via nadinha, era noite cerrada. Mas aquela
santa gente que sabia que nós não tínhamos regressado, não hesitaram, foram com um lampião de petróleo ao nosso encontro. Actos destes só no Cadafaz».
Tudo isto constitui volume de páginas encantadoras. Tudo se transforma em hino laudatório às gentes e coisas do Cadafaz. Um rosário de nostalgia e de recordações fagueiras e altamente valiosas. É a pureza do sentir e a transparência da eterna gratidão.
«As vezes - rematou – conto estas coisas e mais aos meus filhos e netos e eles tem uma grande simpatia pelo Cadafaz. O meu filho fez-me, há vinte anos, uma surpresa de me la levar. Desta vez gostei muito de lá ir. Encontrei-vos. Vim contente. Só triste porque as minhas amiguinhas, daquele tempo, já todas desapareceram.
Agora, volto lá, mas só para o tempo quente, não quero que se incomodem comigo.
Depois disto, deste consolador e reconfortante reviver a vida do passado, há mais de meio seculo, em Cadafaz, onde continua a morar a amizade e a afeição dos seus já idosos alunos e também das pessoas que por ali vão mourejando, poderemos assegurar à querida e sempre lembrada professora, D. Laurinda Maria da Silva Mariano, que a sua prometida e tão desejada visita àquela aldeia se efectue dentro
em pouco. O tempo quente chegará. Incómodos da parte dos seus numerosos amigos que a esperam e anseiam jamais existirão. De braços abertos, em jornada de amizade
e de alto apreço, ali a receberemos com alegria, cantando hossanas pelo reencontro amigo e confraternizante.
ALMAR.


in A Comarca de Arganil de 1 de Janeiro de 1990 

domingo, 7 de setembro de 2014

Caminhada pela margem esquerda do Rio Ceira

A União Recreativa do Cadafaz, voltou a organizar no dia 9 de agosto a sua segunda caminhada. Esta foi uma das mais suave que se efetuou, desde que se encetou as caminhadas no Cadafaz. O trajeto realizou-se na margem esquerda do Rio Ceira, sempre por estrada de terra, passamos perto da Candosa e em frente à Sandinha, como vem sendo habitual o almoço realizou-se no Cadafaz.

Antes da saída tiramos a foto do grupo, nos Portos:


Os 20 participantes da esquerda para a direita:
Diogo Martins, Guilherme Nickel, Luciano Domingos, Ricardo Monteiro, Carolina Brito, David Santa Cruz, José Marques, Ivo Duque, Filipe Santa Cruz, Clarisse Marques, Francisco Pires, Paula Santa Cruz, João Isidoro, José Alves, Mário Neves, Maria Amélia Lopes, Virgílio Lopes. Diogo Ferreira, Márcio Neves e João Nascimento. Mais uma vez a Chica também nos acompanhou.

Eram perto das 8 horas e 30 minutos quando demos início à caminhada.







































Já viamos a Candosa ao fundo.




Cerca das 9h30 fizemos uma paragem perto da Candosa, para o lanche:





Depois de recuperar forças seguimos o nosso caminho.

Capelo










O grupo juvenil

O grupo dos jovens


Que nos levou até à Foz da Fonte, um local lindíssimo, que deixou os que ainda não conheciam de boca aberta:









A Chica também gostou da vista!











Foz da Fonte
O Sr. Silvério Carneiro, contou-me que o túnel na fraga foi feito pelos antigos do Cadafaz, o avô dele foi um deles e que contava que nessa altura as dificuldades eram muitas, apanhavam lagartos que cortavam a cabeça e o rabo e assavam o resto para se alimentarem.

  









A Sandinha à nossa frente na outra margem.





Sandinha







Sandinha












Era perto do meio-dia quando chegamos ao Cadafaz, nas Almas fizemos a última paragem para descansar e no Santo António foi tirada a ultima foto de grupo, a nossa missão estava cumprida!










Nos Portos, juntaram se mais 21 pessoas ao nosso almoço.






Assim decorreu mais uma caminhada com belas paisagens e sempre com boa disposição.

Poderão ver no blogue da União Recreativa do Cadafaz mais fotos das atividades realizadas pela União: http://uniaorecreativadocadafaz.blogspot.pt/2014/09/caminhada-organizada-pela-uniao.html