quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Notícia de outrora

Os dirigentes e associados da União pelo Progresso do Cadafaz reuniram-se num almoço de confraternização

LISBOA, 5—Como tínhamos anunciado, realizou-se no passado dia 28 o almoço de confraternização promovido pela direção da União pelo Progresso do Cadafaz, que teve lugar no restaurante Alcobaça, na Calçada do Sacramento, n° 19, em Lisboa. Cerca de 50 convivas tomaram parte neste almoço de confraternização, que decorreu com grande animação, embora fosse o primeiro almoço que esta coletividade organizava.
Presidiu o sr. Benjamim de Almeida, presidente da Assembleia geral.
Usou da palavra, em primeiro lugar, o presidente da direção, sr. Fernando Alves de Almeida, que disse o seguinte: «Este é um dia inolvidável da vida desta colectividade. É a primeira vez que temos a boa sorte de encontrar naturais da mesma terra e freguesia em tão alegre convívio. Agradeço reconhecidamente, em nome da direcção a todos os presentes a sua comparência e também àqueles que, embora ausentes, não deixarão de estar connosco em pensamento. A nossa colectividade é bastante jovem, pois foi criada apenas há oito meses. Nasceu por iniciativa dos filhos do Cadafaz, precisamente por causa da estação dos correios. Foi, como todos sabem, o motivo da sua criação, e com satisfação podemos dizer que todos nós respondemos imediatamente, tornando possível arranjar a verba mensal para pagar ao encarregado do posto. Temos aspirações em tornar Cadafaz mais adiantado, mas para que isso se realize é indispensável que todos lutem. Não poderemos ter apenas ideias, é necessário que todos contribuam com a sua parte, para que os conterrâneos mais experientes, ainda afastados, se aproximem. Precisamos da ajuda de todos. Não podemos estar afastados, e é preciso paciência, sinceridade e desejo em estar de acordo e, sobretudo, que aqueles mais bafejados pela sorte não se esqueçam da terra que lhes serviu de berço, para que um dia se possam orgulhar dela. Aproveito também para, em nome da direcção, agradecer ao sr. Manuel Martins dos Santos a sua presença. Isso vem confirmar mais uma vez o carinho, a compreensão e a alegria com que acompanha as actividades dos naturais do Cadafaz. A terminar, brindo pela saúde e prosperidade de todos vos e da nossa colectividade».
Em seguida, o sr. Guilherme Simões Vicente, 1.° secretário da direcção, em nome da União pelo Progresso de Cadafaz, agradeceu à imprensa de Arganil e seus redactores em Lisboa, Claudino Alves de Almeida e António Lopes Machado, e ainda ao sr. Presidente da Junta de Freguesia do Cadafaz, pela boa colaboração prestada às iniciativas desta colectividade.
Depois, usaram da palavra os srs. Manuel Martins dos Santos, que leu uma carta que tinha recebido do sr. Gentil Lopes Nunes, o que a direcção da colectividade registou com profundo reconhecimento; Fernando Carneiro, garantindo que no espaço de dois anos deve estar a freguesia do Cadafaz electrificada; Afonso Baptista de Almeida, que elogiou os cadafazenses pela criação daquela colectividade, para tratar do engrandecimento de toda a freguesia; e Artur Alberto Nunes, que enalteceu as Iniciativas daquela agremiação.

in a Comarca de Arganil de 8 de junho de 1961

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Folhas Solta de Cadafaz por A. Silva

Os Antigos... Nós... E a Realidade

- Diziam os Antigos:
- Recordo ouvir estas frases e ficava calada, embora com algumas dúvidas, hoje noto a realidade e penso. Já não ouço os Antigos, já não ouço muitos dos que, os ouviram e pior ainda, já nem sequer encontro respostas para as minhas dúvidas. A realidade, é que a sabedoria dos Antigos, obtida através dos tempos, apenas nos queria ensinar ou avisar. E aqui o saber ou o conhecimento não tinha a ver com o ser pobre ou rico, o mundo é composto pelas duas situações. Há pois que trabalhar e poupar para viver entre as duas. A riqueza é um inimigo devorador que também se propagou em Portugal, onde as novas ideias, imitações estrangeiras, opulência, e o trabalho sem esforço, foi a pouco e pouco, degradando as pessoas e com elas este pequeno paraíso, foi seguindo um caminho enganador onde as pepitas que não vinham do Brasil nem sequer do trabalho dos escravos, se desvaneceram em pura e real ilusão em poucos anos. E, agora qual o futuro dos portugueses e dos nossos jovens. Se o seu próprio país está em saldo! Tal como os territórios antes conquistados pelos nossos antepassados que foram sendo perdidos, também este que resta parece seguir o mesmo destino. De alerta estão os Espanhóis que nunca nos perdoaram este cantinho à beira Mar, tal como os Ingleses, Franceses, Alemães aos quais se juntam Japoneses e Chineses E... quem sabe se não, aparecem ainda os Extraterrestres? Com tantas viagens à LUA?
CONTINUANDO O TEMA REALIDADE:
Para quem visita ou reside nesta povoação, (margem esquerda) toma-se difícil compreender, como é possível tal diferença de cuidados de limpeza ou manutenção de serviços entre esta e outras localidades do Concelho. As vias utilizadas, tem metade do asfalto tapado com a vegetação dos lados, as bermas perigosas, os muros feitos há anos, quase destruídos. Concluindo perigo espreita o automobilista e pior ainda ao deparar com camiões industriais em curvas que mal dão para outros carros. Gostaria de saber qual a autoridade que compete verificar as situações de utilização e conservação das mesmas. O que se sabe é que quanto a danificação de transportes municipais ou outros, pagamos todos nós contribuintes. Quanto a transporte particular imprescindível num local em que não existe qualquer outro meio de solução é o próprio a pagar pela desatenção de quem de direito.
OUTRA REALIDADE:
É a zona envolvente das casas, embora muito se tenha falado, sobretudo no perigo de incêndios mas... vem o verão e a situação continua. Já não falando na diversidade de objectos que se encontram a cada canto. Sabemos que todos os espaços de cultivo tinham dono mas... hoje onde está?  já faleceu, e a família, não sabe onde é, ou até estará ainda em nome de D. Afonso Henriques ... Tudo pode acontecer e poderá ser pior se não forem tomadas providências. Claro que em caso de incêndio o prejudicado é sempre o que não tem culpa. Não poderia esta ser uma das iniciativas e ajuda da parte dos Compartes dos quais todas as povoações deviam usufruir de benefícios em igualdade e não apenas algumas... Nem que fosse a titulo provisório ou uma vez por ano. Sabemos que ainda há pouco fizeram limpeza nos estradões. Para... servir ou acudir a quem? Quando é aplicada a versão de "as pessoas estão primeiro", É caso que dá para pensar.
Mas nem tudo é triste se de facto é realidade.
 - Segundo notícia publicada nos nossos jornais regionais e referente a determinada povoação da União de Freguesias Cadafaz Colmeal, sobre uma obra a efectuar (PELA SEGUNDA VEZ) por eficiência da engenharia ou gestão larga dos cofres públicos justificando a importância gasta e a gastar, devido ir beneficiar - cerca de 3 centenas de habitantes... É agradável ter conhecimento que ainda há uma povoação com cerca de 300 habitantes! Ou será este o total de habitantes da União das duas Freguesias? No caso de ser real e verificando-se uma população já com alguma idade, talvez tenha acontecido um milagre de NATALIDADE. PARABÉNS!


in O Varzeense de 30 de outubro de 2014

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Falecimento



Faleceu hoje, o Sr. Alcides Antunes das Neves, era casado com Auxília dos Anjos Neves.
O funeral realiza-se amanhã dia 6 de novembro, pelas 10 horas na Igreja do Cadafaz.

À família enlutada os meus sentidos pêsames.