Que
é isso? Seria certamente a pergunta perplexa dos nossos antepassados do meio
rural, e muito especialmente, tratando-se de um bem precioso -a água- se, não
tinham água no domicílio quer para pessoas ou animais e, por vezes, nem sequer
para beber, em anos de grande seca, tendo de recorrer aos nascentes ou fontes
de chafurdo mais distantes. Para a lavagem de roupa eram procurados os poços, banho
diário, que ideia, era um luxo, possuir um grande alguidar
de zinco destinado a essa função. Ou então a ida ao moinho do rio no verão era
ideal, enquanto se moía o grão dava hipótese de um banho refrescante num local recôndito...
Que também pouco beneficiava ao pensar na excessiva subida o rio até à aldeia,
com o pesado saco de farinha. Mas ao domingo era dia de "barrela" ao
corpo, roupa e alma (missa).
Tempos
idos - Hoje já não se utiliza o velhinho alguidar, basta apenas munir-se de
toalha e dirigir-se aos novos "Banhos públicos e termais" (não dos
romanos) mas nas praias fluviais. Isto porque em qualquer recanto do rio ou da
ribeira, com alguns metros cúbicos de água retirada ao seu normal curso, foi
feita uma praia fluvial.
Que é um prazer para os grandes e pequenos, é
verdade. Que tem utilidade, durante um ou dois meses do ano, é verdade. Que foi
mais uma nova tecnologia hidráulica para serem apenas gastos alguns milhões de
"cêntimos" é verdade. Que se o rio pachorrento de verão se tomar agressivo
no inverno e destruir tudo, requerendo o seu domínio e leito normal de muitos e
muitos séculos, talvez tenha razão e aí adeus praia fluvial...
Aproveitando o tema, e ao verificar que também esta freguesia, entrou na
rota das praias fluviais. Interrogo-me se, não será também profícuo, urgente e
de primeira necessidade a construção do TANQUE DE APOIO AOS BOMBEIROS, nesta
povoação de Cadafaz, cujo assunto há anos tem sido debatido e prometido? Aliás
é a única freguesia do concelho onde tal situação se encontra, inclusive as
bocas de incêndios colocadas há imenso tempo não estão em condições de funcionar,
falta de verificação ou manutenção. Não sei a quem compete tal missão, apenas
sei que os poucos residentes é que serão os prejudicados.
Mais
um ano, e os fogos por perto nos fizeram pôr em alerta, como e quem nos ajuda
se não há nem sequer condições físicas?
Ou
será que já pouco interessa os que restam...
No
dia 7, do corrente mês, faleceu na Lousã, a Sr.ª D. Arminda Almeida Gaspar, com
86 anos. Era natural do Colmeal e residia em Cadafaz. Era viúva de Virgílio
Alves Gaspar e mãe de Hélder Almeida Gaspar. Mais uma vez, vimos desaparecer da
nossa aldeia uma senhora de grande estima e simpatia acentuando a já grande
falta de comunidade. O seu funeral teve grande acompanhamento para o cemitério
desta povoação. Resta-me apresentar sentidas condolências a seu filho, nora,
neta e restante família. Pedindo a Deus que a conserve em Paz eterna.
Cadafaz,
Setembro de 2012
in O Varzeense de 30 de setembro de 2012
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Paula Santa Cruz