domingo, 31 de março de 2019

Folhas Soltas de Cadafaz Por A. Silva


REVER-RELEMBRANDO

“Em Fevereiro de 1941 o País foi atravessado por um ciclone terrível, em que houve imensos estragos. Vistos e ponderados os estragos foi enviado requerimento a solicitar ajuda para a reconstrução da Ponte da Sandinha sobre o rio Ceira, pelo que foi cedida a verba de 11.000$00. Sendo também adquirida a verba de 4.000$00, na venda de cepas.
Neste ano foi nomeado Manuel Francisco Jorge, para Delegado da Comissão Base XL -Lei 1971 de 5-6-1938, referente ao perímetro de Góis submetido ao Regime Florestal.
Procedeu-se também à distribuição da verba respeitante ao Imposto Braçal, assim distribuída: Cadafaz - 290$00, Candosa - 150$00 - Capelo - 150$00, Sandinha - 180$00, Cabreira - 250$00, Tarrastal e Relvas - 150$00, Mestras -        150$00, Corterredor - 180S00, e pagamento de um carimbo para Escola 10S00.
É feito um voto de louvor a Manuel Martins dos Santos por ter cedido a sala da sua casa para reuniões da Junta de Freguesia... Nota: Esta situação foi idêntica a mais presidentes.
Em 1944, deve ter havido mudança de elementos da junta sendo nomeado Presidente Guilherme Simões Alves até 1974.
Como era habitual havia em cada povoação - uma pessoa que fiscalizava e orientava os trabalhos e reparações dos caminhos (exemplo que devia ser seguido atualmente) - por isso recebia uma gratificação, assim foi feita a seguinte distribuição: Manuel Francisco Jorge - 500$00 -Cadafaz, Cipriano Serafim Ramos - 130S00 - Candosa, António Marques de Almeida - 120S00 - Capelo, Joaquim Francisco Alves Muro - 140S00 - Sandinha, Casimiro Rodrigues Alves - 220$00 – Cabreira, António Afonso Neves - 120$00 - Tarrastal, Alcindo Alves - 120$00 - Mestras, Luís Gonçalves Almeida - 150$00 - Corterredor. Verbas também provenientes da jeira braçal e venda de cepas. Daí as consequências, sobre a guerra dos carvoeiros...
Em, 1945, a velha Escola sofreu as primeiras modificações em virtude da anterior criação de escola mista já estar a funcionar num edifício para tal edificado oferta de um benemérito da Freguesia J.D.A.B. em 1922. Assim o anterior edifício foi para obras, pagando-se a Manuel Francisco Jorge a importância de 500$00, foi adaptado a sede da Junta de Freguesia e Registo Civil.
Em 1971 foi inaugurado outro edifício Escolar com condições adequadas, poucos anos funcionou tal como os restantes devido à falta de alunos. Passado anos o edifício onde funcionou o Registo Civil, foi de novo recuperado e modificado pelo então atual Presidente Virgílio Nunes dos Reis, 1974- 1997, funcionando com instalações da Junta de Freguesia - Posto Médico - Posto do Registo Civil e Sala de Estar. Seguiram-se outras entidades na Junta de Freguesia, Prof. Daniel Neves até 2005 e Casimiro Alves Vicente até 2013. Também estes, idealizaram alguns feitos, mas os essenciais à comunidade foram perdidos. Como o Posto Médico, Caixa do Correio, Serviços aos utentes na povoação etc.
Note-se que embora só mencione a Junta de Freguesia após a Separação Igreja-Estado, a verdade é que continuou uma grande interligação entre as outras Entidades como a Junta da Paróquia, (atual Fábrica da Igreja) Liga de Melhoramentos, Associações Recreativas inclusive as Entidades das Freguesias vizinhas e a comprovar depararmos com informações, convites, etc.
Eis este curioso... “Em 14 de Agosto de 1938, foi recebido um ofício do Colmeal nesta Junta de Freguesia - Em face dos desentendimentos entre os habitantes desta e daquela freguesia, na parte que limita esta povoação com a do Carvalhal, foram esta e aquela Junta no dia 13 do corrente proceder à sua demarcação que assim ficou determinado: Partindo da Ribeira do Carvalhal de junto à fazenda do Carteiro pelo viso da Penitencia até ao Fojo, estrada que liga esta ao Carvalhal, partindo dali aos Cadavais entre as duas levadas que vem do Sardão onde se encontram os respetivos marcos seguindo dali pela parte da estrada do Rebolo à Ribeira do Sardão e nesta nos castanheiros que pertencem aos herdeiros de Joaquim Francisco, pelo viso da Beliteira onde estão ao marcos, seguindo dali à encosta ao barroco da Tarrastosa, junto a estrada e segue a linha da serra. CONCLUINDO: O meu resumo histórico já vai longo, e o presente já não tem história para eu contar... talvez que os vindouros ainda encontrem, algo que lhes mereça a atenção que estes me mereceram. Talvez também porque ainda conheci ou conheço ainda alguns destes grandes Cadafazenses, pretendo
que seja este um preito de homenagem publicando pequenos resumos do seu profícuo trabalho, em épocas e locais quase remotos, sem verbas onerosas, sem meios de comunicação. Também esta publicação só é possível graças a quem teve a feliz ideia de recortar e guardar artigos há muito publicados na Imprensa e outros apontamentos; pessoais que eu com o devido respeito pelos intervenientes, e por Cadafaz muito agradeço.

Cadafaz, 2018

in O Varzeense de 15/03/2019



sábado, 30 de março de 2019

Mudança de hora


Imagem retirada da Internet


Esta noite, vamos entrar na Hora de Verão, que se vai manter até dia 26 de outubro de 2019, por isso, não se esqueça de adiantar à 1 hora, o seu relógio em 60 minutos.

segunda-feira, 25 de março de 2019

Monumento ao Imaculado Coração de Maria Está a Ser Construído no Cadafaz

in O Varzeense de 15/03/2019

Um grupo de Cidadãos da Ex - freguesia do Cadafaz decidiu aderiu ao projeto “Grupo da Imaculada” que promove a Consagração solene das terras com todos os seus lares, ao Imaculado Coração de Maria.
Como marco dessa Consagração serão construídos por todo o mundo Monumentos de tipo uniformizado e de modelo único, onde ficará a Imagem de Nossa Senhora, doravante designada, Rainha dessa terra!
Neste sentido, o Grupo do Imaculado Coração de Maria já iniciou a obra para a construção do Monumento no Cadafaz.
Tal como informou ao nosso jornal o sr. Casimiro Alves Vicente, um dos responsáveis pelo Grupo, “este sonho já despertou há cerca de 15 anos, em algumas pessoas da ex - freguesia de Cadafaz, mas só agora no princípio de 2019 é que teve o seu início.”
Em conversa com o nosso jornal, Casimiro Vicente aproveitou para “agradecer às pessoas que ofereceram o terreno para a construção do monumento, tais como: Maria Amélia Alves Martins, Herdeiros de Manuel Martins Simões, Herdeiros de Manuel Alves Gaspar, José Martins Alves, Armindo Fernandes Vidal, Casimiro Alves Vicente, Herdeiros de Fernando Ferreira e aos Herdeiros de Albano Nunes dos Reis”. Continuou agradecendo o “apoio monetário do Concelho Diretivo da Assembleia de Compartes dos Baldios da Freguesia de Cadafaz e o apoio com a pá carregadora à Câmara Municipal de Góis”.
Informou ainda que “para concluir esta obra, que tem uma previsão de despesa a rondar o valor de 8500 euros, ainda nos falta muito apoio monetário” e “apelamos à boa vontade de todos para que esta obra ainda possa ser inaugurada durante o ano 2019”.
Terminou Casimiro Vicente informando que “nos dias 20 e 21 de abril (sábado e domingo de Pascoa), o Grupo da Imaculada vai realizar um peditório pela Ex freguesia do Cadafaz”.
Quem pretender também pode contribuir com o seu donativo entregando-o à Fábrica da Igreja da Paroquia do Cadafaz, entidade que faz a gestão pecuniária do projeto e a correspondência e resolução de questões relacionadas, será endereçada a Casimiro Alves Vicente, Esporão - 3330 — 235 Góis. 

in O Varzeense de 15/03/2019



terça-feira, 19 de março de 2019

Textos Avulso por David de Santa Cruz

in O Varzeense de 15/03/2019
Aqui fica o texto:

Firme e frágil

Na minha demanda por querer ser mais, saber e fazer, ansiava pelo dia em que, tal como uma vez ouvi a minha professora de estágio dizer "Cometi um pequeno abuso de poder." Não que ansiei por poder e controlo nos outros, no entanto também nunca gostei que mandassem em mim. Somos livres. Ter poder, ou pelo menos a sua noção parecia-me atraente pela simples ideia de não ter de dar justificações a ninguém. Ah, foi aqui que me deparei com o abismo. As pessoas nunca tem o poder. Só a sua mera ilusão. E aqui está o verdadeiro segredo: as pessoas não o querem. A responsabilidade de ter o poder é demasiado grande para suportar. É por isso que são todos tão rápidos a entrar nas fileiras quando alguém assume o comando. As pessoas querem que lhes digas o que fazer. As pessoas anseiam por tal feito. E é aí que se perde. As pessoas esquecem-se que nada é verdade. Que o que é real e o que é verdade muitas vezes são coisas diferentes. Encara-lo é reconhecer que as nossas fundações e constructos são bastante frágeis. Quer as cobaias sejam nós, os outros, as nossas amizades, relacionamentos, estilos de vida e mesmo sociedade. Todas elas prontas para ruir a qualquer momento, caso o impacto seja forte o suficiente. Poderemos nunca ser capazes de impedir tal impacto, mas não obstante de tal facto temos de estar preparados para agir e reagir na sua chegada. É por isso que devemos procurar ser pastores e não ovelhas, quanto muito cães guarda para defender as ovelhas quando os pastores não se sentirem aptos para tal, tão frágeis como todos os outros.
Outro esquecimento muito comum é o que tudo é permitido. Somos os arquitetos das nossas vidas e como tal temos de ser capazes de encarar as suas consequências sejam elas gloriosas ou trágicas. Vamos parar de atribuir a culpa a terceiros e a eventos que nos transcendem. Sim sim, tens razão, a vida atira-nos muita areia para a cara mas nunca nos impede de a lavarmos. Que somos capazes de ser dois extremos, opostos em todos os sentidos, ao mesmo tempo. E essa linha que separa esses opostos é muito ténue, tão ténue que muitas vezes nos deparamos com escolhas difíceis. O querer ou não querer. Contraditoriamente, um paradoxo. E por serem tão difíceis essas escolhas, muitos de nós preferem não toma-las, deixam o tempo passar, esperando que a vida as faça por elas... Ou um outro. Ter esse poder de escolha pode ser realmente aterrador. Então como é que havemos de abrir os olhos e sair dessa ilusão? É que a mim disseram que não existia vacina para isso.


quinta-feira, 14 de março de 2019

Foto tirada em 2006

Foto tirada em Castanheira de Pera no ano de 2006. Da esquerda para a direita: Albertina Fragoso, Isilda Martins, Luciano Nunes Reis e Silvério Martins. Ao fundo Maria Alice Martins


Foto de D. Arminda Silva

quinta-feira, 7 de março de 2019

Texto publicado no Varzeense

in O Varzeense de 28/02/2019

domingo, 3 de março de 2019

Foto tirada no Santo António

Foto tirada no Santo António, na primeira fila, da esquerda para a direita: rapaz, ? rapaz?, senhor? Beta Nunes, Mena “Americana”, rapaz? , Celeste Costa, Maria Amélia Lopes, rapaz? e Cila Nunes.
Na segunda fila: Mário Nunes, rapaz?, rapaz ?, rapaz?, Augusto Fragoso, rapariga?,  rapaz?, Albano Nunes dos Reis, Serafim Brás, José Alves, Hipólito Brás Neves?, senhor? Na última fila em pé: Casimiro Gaspar, Virgílio Nunes dos Reis,  senhor?, Padre Sertório e Luciano Nunes dos Reis.

Foto de Cila Nunes