sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Uma nova aposta para Góis Confraria do Cabrito e da Castanha

Em Góis, a castanha passou a constar de uma nova confraria gastronómica, agora associada ao sabor do cabrito serrano. A apresentação pública da escritura e proposta dos corpos sociais, bem como, a entrega do livro da confraria, decorreu no dia 30 de Outubro, no restaurante “Retiro dos Sabores”, em Góis, numa cerimónia que reuniu grande parte dos grupos culturais do concelho e inúmeros amigos de Góis, numa verdadeira manifestação de saber popular.
A ideia surgiu de Casimiro Vicente, presidente da Junta de Freguesia de Cadafaz, e tal como ele próprio afirmou “o homem sonha e a obra nasce”. Por isso, a 9 de Novembro de 2009, em Coimbra, foi efectuada a escritura pública para a constituição da Confraria do Cabrito e da Castanha da Serra do Ceira, com a seguinte comissão instaladora: Casimiro Alves Vicente, Maria de Lourdes Castanheira, António José Madeira Gouveia, Armindo dos Anjos Neves e Carlos da Encarnação de Jesus.
Um ano depois, a confraria mostrou que tinha “pernas para andar” conforme palavras do seu mentor, que propôs então os corpos sociais, conforme lista se segue:
Assembleia Geral
Presidente: Prof. João Alves Simões, Vice-presidente: Eng. Mário Almeida Nunes, Secretario: Maria Helena Antunes Barata Moniz, Vogal: Drª Maria Céu Simões Alves e Vogal: Drª Lisete Matos, Vogal: Alberto Alves.
Direcção
Presidente: Casimiro Alves Vicente, Vice-presidente: Jorge Alberto Alves dos Reis, 1º Secretário: Dr. Filipe Carvalho, 2º Secretário: António Gouveia, Tesoureiro: Carlos Jesus, 1º Vogal: Enf. Victor Marques, 2º Vogal: Henrique Miguel de Almeida Mendes e 3º Vogal: Armindo dos Anjos Neves.
Conselho Fiscal
Presidente: Artur das Neves, Vice-presidente: Valentim Antunes Rosa, Secretário: Maria Emília Gaspar e Vogal: José Reis Antão.
Conselheiros consultivos
Eng. Diamantino Jorge Simões Garcia, Drª Tânia Neves, Dr. Alberto Mateus, Prof. Daniel Neves, Drª Gisela Carvalho, Dr. Victor Manuel Fonseca Duarte, Dr. Avelino Pedroso e José António Vitorino Serra.
Conselheiros Superiores
Drª Maria de Lourdes Oliveira Castanheira, Dr. José António Pereira de Carvalho, Cassiano Alves Bandeira, General Rodolfo Begonha, Dr. António Bandeira Bento, António Pereira Avelino Martins, Dr. Fernando José Santos Barata, Dr. José Leonel Martins Carriço, Adriano Pacheco, Fernando Ribeiro, Armando Gualter Nogueira Campos, Augusto Bandeira e Albano Neves e Silva.
A cerimónia, moderada por Armindo Neves integrou ainda a entrega do livro da Confraria à presidente da Câmara Municipal, efectuada pelo Rancho Folclórico Grupo de Pastores de S. Romão e contou com a actuação de todos os grupos culturais presentes: Filarmónica da Associação Educativa e Recreativa de Góis, Rancho Folclórico de Danças e Cantares da Freguesia do Cadafaz, Escola de Concertinas e Violas de Góis, Rancho Folclórico Serra do Ceira e os Ranchos Folclóricos Sachadeiras da Várzea e Mensageiros da Alegria.
Durante a apresentação pública da Confraria do Cabrito e da Castanha da Serra do Ceira, Maria de Lourdes Castanheira, na dupla condição de sócia fundadora da confraria e de Presidente da Câmara Municipal de Góis referiu ser uma grande honra para o município a criação da confraria e disse que, naquilo que for possível, o município estará disposto para acarinhar esta iniciativa, congratulando-se por também integrar este projecto, que espera venha a ter muitos associados, de forma a levarem a confraria a bom porto.
Julgando estarem reunidas as condições para não ser preciso mais um ano para se voltarem a encontrar, terminou com optimismo “é preciso deitar mãos à obra”.
No final da cerimónia foi ainda servido um beberete a todos os presentes e mais tarde, será marcada uma reunião para eleger os corpos sociais da Confraria, bem como, escolher o traje e aprovar os estatutos da colectividade gastronómica.
Segundo apurou o nosso jornal: o objectivo da confraria é casar os dois ingredientes na mesma refeição, apresentando o cabrito como prato principal e as castanhas como sobremesa.
Em conversa com Casimiro Vicente, soubemos ainda que, o projecto pretende também valorizar os recursos endógenos do território e apostar na criação do cabrito. Para além da rentabilização dos terrenos baldios e dos rebanhos locais, este projecto ajudaria ainda na prevenção e controlo dos incêndios florestais.
Casimiro Vicente, já com uma ideia sobre o traje, defende a representação de um pastor e aproveita para alertar que a confraria, com sede em Cadafaz, precisa também de um espaço na vila de Góis.
Para melhor se compreender, as Confrarias Gastronómicas são património nacional, é a cultura viva, transporta ao longo dos tempos. Quem não se recorda de receitas dadas a conhecer pelos nossos avós. É a cultura passada de geração para geração, esperando vivamente que a cadeia não quebre. As Confrarias Gastronómicas são as sentinelas do enorme e rico património cultural. É a elas que compete zelar pela divulgação e preservação dos bons pratos regionais.
in O Varzeense de 15 de Novembro de 2010

1 comentário:

  1. OLÁ!

    A nova imagem do Blog está muito mais acolhadora!
    Parabéns.
    Bjs Eugénia Calretas.

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Paula Santa Cruz