quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Góis - Assinatura da escritura pública

Nova confraria do cabrito e da castanha


Num universo de cerca de sete dezenas de confrarias gastronómicas surgiu ontem, em Cadafaz, aquela que pretende divulgar o "casamento perfeito" entre os sabores do cabrito e da castanha.
Com tantas confrarias gastronómicas a nascer todos os anos em Portugal, pelo menos até ontem, ainda não tinha surgido uma para, expressamente, defender os valores culinários da castanha e das suas diversas aplicações na cozinha. Sendo uma semente (que germina dentro do ouriço, fruto do castanheiro), a castanha tornou-se uma marca do Outono em Portugal, cujo momento alto é o Dia de São Martinho, que se celebra amanhã. Nem de propósito, para assinalar a data, teve ontem lugar a assinatura de constituição formal da Confraria do Cabrito e da Castanha da Serra do Ceira.
Por iniciativa de Casimiro Vicente, presidente da Junta de Freguesia de Cadafaz, concelho de Góis, a ideia de constituir esta instituição é um projecto que tem vindo a "cozer em banho-maria há quatro anos". Juntando os dois ingredientes na mesma refeição, o objectivo é apresentar o cabrito como prato principal e as castanhas como sobremesa.

Rebanho comunitário fornecerá a carne
O projecto pretende ser muito mais abrangente. A aposta passa pela constituição de um rebanho comunitário de gado caprino jovem que será pastoreado de acordo com novas técnicas, utilizando vedações amovíveis que preservam as diversas parcelas de pasto que vão sendo ocupadas sucessivamente ao longo de 40 hectares de um terreno já sinalizado na freguesia. Será garantia de proveniência da carne, mesmo que ainda não tenha sido possível obter a certificação do cabrito da região, processo despoletado há dois anos pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra (Adiber), com sede em Góis. "Até agora ainda não houve qualquer resposta a esta pretensão", lamentou a presidente da autarquia, Lurdes Castanheira. "A proveniência da carne do cabrito será um ponto fundamental para a confraria; não se pode fazer com cabritos vendidos na Makro, por muito boa que seja a sua qualidade", refere a autarca, defendendo "a necessidade de reinvestir na caprinicultura, o que vai promover novos postos de trabalho e, até, ocupação dos terrenos da serra como forma de controlar os incêndios florestais".
António Rosado
in Diário as Beiras de 10/11/2009

1 comentário:

  1. Parabéns pelo evento e nascimento de mais uma Confraria na nossa zona. Não aprecio cabrito no prato (só de os imaginar aos pinotes, felizes ...) mas aprecio uma boa chanfana e adoro castanhas. Quero com isto dizer que dou uma boa dentada numa cabra velha :), não nos netos dela :)
    Vou divulgar esta sua notícia no meu blog.
    Bom fim de semana.
    Beijo

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Paula Santa Cruz